Parque das Dunas de Abrantes (Foto: Reprodução | Google Street View)
Desde 1977 que o Parque das Dunas de Abrantes é apenas a citação de um decreto que nunca saiu do papel. A área de 1.200 hectares está na lista de apelos por parte da população que vive no litoral norte, em Camaçari. O local é alvo de crimes ambientais que vão desde construções irregulares, caça de animais silvestres, captação de água e retirada ilegal de areia, mesmo integrando a Área de Proteção Ambiental (APA Joanes-Ipitanga). A extração ilegal de areia já destruiu quase um quilômetro quadrado da APA.
No último dia 20, o assunto ganhou a atenção do Ministério Público da Bahia (MP-Ba), que entrou com uma ação civil pública contra a prefeitura de Camaçari. "A não implantação do Parque possibilitou que a área ficasse exposta na BA-099, local hoje de grande extração ilegal de areia", afirmou o promotor responsável pela ação, Luciano Pitta, em entrevista ao Portal A TARDE.
Segundo ele, a ação possibilita que o "Poder judiciário obrigue o município a tirar o Parque do papel. Fazer dali um local de ecoturismo, trilha e, acima de tudo, permitir a preservação ambiental".
Ainda conforme o promotor, caminhões descarregam durante a madrugada resíduos de construtoras, "além de também extraírem areia sem alvará. São atos criminosos. Não fazer o Parque é uma omissão. Isso é um absurdo contra o meio ambiente".
O secretário do Meio Ambiente de Camaçari, Genival Seixas, informou que um novo decreto foi feito, com uma nova poligonal. "Ao longo destes anos aconteceram transformações em torno desta área antiga. Hoje chega a mais ou meno 700 hectares. Por isso decidimos fazer esta poligonal e é um assunto que vem sendo tratado com a comunidade local e o MP", afirmou em entrevista ao Portal A Tarde.
Veja aqui ACP PARQUE MUNICIPAL - DEFINITIVA.pdf
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