Continuam as buscas por vítimas na Farmácia Pague Menos
Adendo - Não se confirmou a informação passada a esta Redação, de que teria subido para 10 o número de vítimas fatais. Assim, onde se lê 22 duas leia-se 23, e onde se lê 10 leia-se 09 o número de mortos. E sem possibilidades de aumento desse número, uma vez que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do município já encerraram as buscas.
O incêndio que começou na tarde da quarta-feira (23), na Farmácia Pague Menos, localizada na Avenida Getúlio Vargas, no centro de Camaçari, após uma explosão e o desabamento da laje do estabelecimento, deixou 22 vítimas, sendo 10 fatais até a manhã desta quinta-feira (24). As informações são da Secretaria de Saúde de Camaçari.
Segundo o major Lanusse Araújo, comandante do 10º Grupamento de Bombeiros Militares (GBM/Camaçari), o motivo da explosão teria sido um cilindro de gás usado durante a manutenção da tubulação do sistema de refrigeração da farmácia em cima do mezanino.
"Existia um serviço de manutenção no mezanino da farmácia e provavelmente foi em virtude dessa explosão do mezanino que fez desabar toda laje. Após a explosão, teve o incêndio. Primeiro a explosão, o desabamento e em seguida o incêndio", diz. "Obviamente pode ter acontecido (vazamento de gás). Era um serviço de solda", explica.
Contudo, o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Maurício Bonfim explica que, "a avaliação final para descobrir a real causa da explosão, seguido do desabamento e do incêndio só será possível após a perícia do Departamento da Polícia Técnica (DPT)".
Das 23 vítimas, nove foram retiradas sem vida dos escombros, sendo duas crianças completamente carbonizadas. As outras 14 vítimas foram encaminhadas para o Hospital Geral de Camaçari (HGC) e para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Gleba A. Hoje pela manhã o secretário Washington Couto explicou que 10 vítimas já foram transferidas para o Hospital Geral do Estado (HGE).
Tragédia anunciada
De acordo com o mestre de obras José Vieira de Matos, pai de uma funcionária do local que ficou ferida no acidente, ele alertou aos responsáveis da farmácia que o acidente iria acontecer.
"Essa foi uma tragédia anunciada. A minha filha me disse que a obra estava ocorrendo dessa forma e eu disse para ela que como estavam trabalhando com solda aquilo era um barril de pólvora, por conta do material de PVC. Pedi que ela trabalhasse nos caixas da frente, para que se tivesse qualquer coisa ela corresse", conta ele, que acompanha a filha Cristiane da Silva Matos, 30 anos, no Hospital Geral de Camaçari (HGC).
Matos conta que ele foi consultado para fazer o serviço que acontecia no mezanino da farmácia, que provavelmente gerou o incêndio, e que afirmou aos responsáveis que só faria o serviço com a farmácia fechada e sem clientes e funcionários no local em virtude do risco. Contudo, outra pessoa aceitou o fazer o serviço sem o isolamento da área. Matos ainda foi à Defesa Civil denunciar a obra, mas no momento não havia um engenheiro para completar seu protocolo, mas que os dados foram anotados e ele foi informado de que o procedimento teria continuidade.
Entretanto procurado pelo Camaçari pelo Camaçari Fatos e Fotos (CFF), o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, Maurício Bonfim, alegou que não recebeu nenhuma denúncia sobre a irregularidade do serviço. "A mim ninguém procurou. E se foi na Defesa Civil também não me passaram nada sobre essa ocorrência. Inclusive temos dois engenheiros trabalhando diariamente nessa área de denúncias, que inclusive são efetivos".
Área do incêndio continua isolada
Até a retirada de todos os escombros e a conclusão da perícia da Polícia Técnica, toda área que compreende desde a agência do Banco Itaú até a Loja Santo Antônio ficará isolada.
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A nona vítima foi localizada por volta das 5h de hoje
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