A novela da greve dos servidores municipais continua. Com direito a lances dramáticos, como o corte no salário dos grevistas e intervenção judicial, a paralisação e discussão do reajuste salarial ainda se arrasta em Camaçari. Após a Justiça decretar que a greve é abusiva e determinar o retorno de 70% dos servidores aos seus locais de trabalho, os profissionais foram sendo integrados gradualmente aos seus postos.
Na semana passada, 100% dos profissionais de Educação retornaram às atividades. No entanto, cerca de 25% dos servidores municipais continuam parados. E mesmo os que estão em serviço, continuam na mobilização e ameaçam paralisações e protestos para pressionar o governo.
Para tentar encerrar de vez esse capítulo, a Prefeitura Municipal apresentou aos sindicatos que representam a categoria uma nova proposta que inclui dois avanços na negociação. Uma das mudanças é a retroatividade da primeira parcela do reajuste a janeiro, a fim de garantir o respeito à data-base da categoria. O outro é o abono dos pontos cortados, com pagamento 10 dias após a assinatura, pelos sindicatos, do Acordo Coletivo.
Os outros itens da proposta oferecida pelo governo municipal foram mantidos. A Prefeitura também mantém o reajuste parcelado de 10,67%, com 2% imediatos, retroativos a janeiro, pagos já na folha de junho, mais 4% em outubro e mais 4,67% em dezembro. O percentual de 10,67% também incide sobre o vale-refeição, além da correção no vale-transporte.
A proposta está sendo analisada pelos sindicatos, que devem colocar em votação com os servidores e em seguida, apresentar a resposta.
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