Atendendo ao Requerimento nº 190/2016, aprovado em 26 de abril de 2016, foi realizada na manhã de terça-feira (03), Audiência Pública para discutir a greve dos Servidores Públicos Municipais. Com 36 dias de paralisação, professores e demais servidores analisaram a contraposta do governo e apontaram pontos de incoerência entre a justificativa apresentada pela administração municipal e a análise dos sindicatos que representam as categorias.
Realizada após a 15ª sessão ordinária, a Audiência teve Casa lotada, com a presença de professores, servidores, alunos da rede municipal e populares que se sentem prejudicados com a greve. Os servidores acreditam que houve omissão da gestão municipal em negociar com a categoria. O projeto com a campanha salarial de 2016 teria sido encaminhado para a Prefeitura em dezembro de 2015, mas segundo a categoria, apenas em março que teve início as negociações.
Após rodadas de negociação, o Executivo propôs o pagamento de 10,67%, que corresponde à inflação do período, sendo que seriam dados 2% em maio e 8,67% em outubro, sem retroativo. Os servidores discordam e lutam para garantir que estes percentuais sejam pagos retroativamente.
Outro ponto de discórdia é a contratação de mão-de-obra tercerizada, que aumenta as despesas e onera a folha municipal. A falta de recursos é uma das alegações da Prefeitura para o não pagamento do percentual exigido.
Na oportunidade os servidores reagiram também contra a convocação do governo municipal para retorno imediato ao trabalho. Eles afirmam que a prática é “assédio moral” e “crime contra a administração pública”.
Apesar da nota pública divulgada pela Prefeitura informando que o Tribunal de Justiça da Bahia considerou “abusivo” o movimento grevista dos servidores, o Sindicato dos Professores de Camaçari (Sispec), afirma que ainda não recebeu a notificação judicial da sentença dada pelo Tribunal.
Mesmo com o desabafo de vários representantes do movimento paredista e a oferta de apoio e intermediação da Casa, não houve nenhuma sinalização de acordo para o término da greve.
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