Comércio também amarga prejuízos: loja vazia e restaurante fechado (Foto: Evandro Veiga/CORREIO)
Os ideais de amor e paz estão cada vez mais afastados da aldeia hippie de Arembepe. A beleza das praias agora contrasta com o temor pela segurança. O reflexo é sentido pelos moradores que convivem com o clima de segurança e vê o comércio local agonizar por falta de clientes. Com a imagem desgastada por casos de violência, a localidade perde uma das principais fontes de renda: o turismo.
Os comerciantes agora fecham mais cedo e reclamam da falta de segurança. A reclamação é confirmada pela operadora de viagens CVC, que não oferece mais a opção de passeio em Arembepe para os clientes. Em nota, a operadora confirma que “por falta de infraestrutura de apoio a turistas e por questão de segurança, a CVC não oferece mais passeios organizados por Arembepe há cerca de três anos”, e que não há previsão para o local voltar aos roteiros.
Em entrevista ao jornal Correio da Bahia, o superintendente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte, Gilberto Marquezini, lamentou a situação, e reconheceu a necessidade de se reforçar o policiamento na localidade. Ele ainda se colocou à disposição para discutir a situação. “Nos colocamos contra o cancelamento e a favor de uma conversa entre comandante da Polícia Militar e a direção do CVC, na tentativa de reestabelecer a segurança”, declarou Marquezini.
Segundo os comerciantes locais, os assaltos a turistas são comuns na localidade. Os ataques são geralmente direcionados a correntes e celulares. Moradores também relatam a incidência de assaltos na passarela para o Loteamento Fonte das Águas, com o aumento dos casos a partir das 17h.
Quem se arrisca a conhecer a Aldeia Hippie de Arembepe, também sofre com as abordagens criminosas. Segundo moradores ouvidos pela reportagem, os suspeitos são oriundos da invasão chamada Sangradouro, que cresce ao redor da aldeia.
Em nota, a prefeitura de Camaçari informou que não há registro de queda no turismo local por conta da violência, mas sim devido à crise econômica e à baixa estação.
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