No dia em que os fiéis saíram às ruas para homenagear o padroeiro de Camaçari, São Thomaz de Cantuária, outra manifestação também chamou atenção na cidade. Os médicos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Monte Gordo, Arembepe, Vila de Abrantes e Nova Aliança fizeram uma manifestação na quinta-feira (07), em frente à Cidade do Saber. Ainda sem previsão de retorno às atividades, os profissionais afirmam que as demandas apresentadas não foram solucionadas e buscam pressionar as autoridades municipais.
A greve que completa 16 dias nesta sexta-feira (08), foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça da Bahia que estabeleceu multa diária de R$ 50 mil. Segundo a Secretaria de Saúde (Sesau), foi firmado compromisso com os profissionais através do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed), para atender as reivindicações dos grevistas. Porém, mesmo com o acordo, a paralisação teria sido mantida, "colocando em risco a vida de cerca de 200 mil pessoas que vivem e trabalham no Município".
De acordo com o clínico-geral da UPA de Monte Gordo e Arembepe, Marcelo Paixão, a categoria já vem negociando com a prefeitura há algum tempo e apresentando os problemas das unidades. Em entrevista ao jornal A Tarde, o médico afirma que as reivindicações vão além da regularização dos salários. "Para dar uma ideia, na UPA, além das dificuldades estruturais, temos problemas de segurança, pois já houve assalto na unidade em que trabalho", informou ao jornal.
Dentre as reivindicações listadas pelos grevistas estão a segurança nos locais de trabalho, garantia do recebimento dos salários, direito a férias, pagamento do 13º salário, condições mínimas para funcionamento das instalações e reabertura da UPA da Gleba B.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Washington Couto, a secretaria está acionando a Justiça e contratando novos médicos para ocupar as unidades. A Sesau anunciou ainda que iria denunciar o Sindmed ao Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), tendo como base de argumentação que o exercício da medicina deve estar voltado, acima de tudo, para a preservação da vida. A Sesau afirma que este princípio não tem sido observado.
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