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Encerramento de linhas de ônibus de transporte metropolitano nas empresas Avanço e Costa Verde deve dificultar a locomoção de passageiros que utilizam o serviço (Foto: Raphael Muller/Ag. A TARDE)Encerramento de linhas de ônibus de transporte metropolitano nas empresas Avanço e Costa Verde deve dificultar a locomoção de passageiros que utilizam o serviço (Foto: Raphael Muller/Ag. A TARDE)

O anúncio da demissão de rodoviários e o encerramento de linhas de ônibus de transporte metropolitano nas empresas Avanço e Costa Verde preocupam trabalhadores e usuários do serviço. Cerca de 1,5 milhão de pessoas devem ser afetadas, além dos 1.520 rodoviários que já cumprem aviso prévio.

Os números citados são do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador, Alagoinhas e Paulo Afonso (Sindmetro-BA).

De acordo com Mário Cléber, presidente do Sindmetro-BA, os custos da operação não têm valido a pena para as empresas por conta do prejuízo decorrente da integração com o metrô, o corte de linhas e o transporte clandestino.

Em nota, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que o prazo inicial de entrega das linhas da empresa Avanço foi suspenso em decorrência das negociações. As tratativas com as duas empresas seguem acontecendo.

A entidade que representa os rodoviários defende a realização de licitações para o transporte público, o que poderia garantir distribuição mais justa e equilibrada das linhas entre as empresas, além de oferecer segurança aos trabalhadores.

“Já ficamos alegres em saber que a empresa vai pagar o passivo trabalhista. Mas é uma tristeza, por outro lado, porque são muitos desempregados. Algumas empresas estão sinalizando que querem contratar alguns dos demitidos, mas ainda é um número muito pequeno em comparação com o de demitidos”, contou o presidente do Sindmetro-BA.

As negociações entre a Agerba e as empresas Avanço e Costa Verde seguem acontecendo. Sobre os detalhes do processo, a Agerba não respondeu às tentativas de contato da reportagem até o fechamento desta edição.

A recepcionista Rosana Oliveira, que mora em Salvador e trabalha em Lauro de Freitas, é uma das passageiras afetadas pelo encerramento das atividades das empresas.

“Fico preocupada com essa incerteza do que vai acontecer. Principalmente na volta pra casa. Não sei se vai ter ônibus, o horário, o roteiro dele. Correndo o risco de chegar ainda mais tarde em casa”, disse. Rosana utiliza diariamente esses ônibus para se deslocar até o trabalho e para retornar para casa.

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