A filha da cantora gospel Sara Mariano, de 11 anos, prestou depoimento na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), na manhã desta terça-feira (21). A criança, que está sob os cuidados dos avós paternos, passará por avaliações demandadas pela Justiça, assim como as duas famílias que brigam pela guarda unilateral. Os advogados de ambas as partes também estavam na unidade policial.
A oitiva especial é um procedimento no qual a criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência conversa com autoridades policiais, profissionais de psicologia e assistentes sociais. A filha de Sara Mariano cumpriu as três etapas nesta terça-feira.
"Assim que ela chegou, por volta das 10h30, ela foi encaminhada para uma área específica voltada para as crianças. A Dercca possui diversas salas para esse atendimento: sala de oitiva, brinquedoteca e outras três salas. Essa oitiva especial foi uma solicitação do delegado Euvaldo Costa, responsável pela investigação do crime", disse a advogada de defesa da família materna, Sarah Barros, salientando que a avó paterna foi atendida, em um outro momento, pela mesma assistente social que atendeu a criança em oitiva especial.
A audiência que vai decidir se a guarda da filha da cantora evangélica Sara Mariano ficará com a família materna ou com os avós paternos está marcada para o dia 29 de novembro. No último final de semana, a criança visitou a avó materna, Dolores Correia, após determinação judicial.
Ao detalhar a programação até o dia da audiência, Sarah Barros, advogada da família materna, conta que seus clientes têm direito a um pernoite com a criança, previsto para esta quarta-feira (22). No entanto, será solicitada a alteração para uma visita com duração de 12h durante o dia, visto que a menina relatou dificuldades para dormir sem uma prima da mesma idade – por parte da família paterna. A filha de Sara atualmente está sob guarda da família do pai, Ederlan Mariano, que está preso no Complexo da Mata Escura por ser apontado pelas autoridades como mandante da morte de Sara.
A convivência provisória com a família materna foi uma conquista judicial. A família aguardava um parecer do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que foi favorável à suspensão do poder familiar de Ederlan – que estava impedindo a criança de ter contato com seus familiares maternos – e decidiu pela convivência provisória com a mãe de Sara Mariano.
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