Estado está entrando com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo liberação emergencial para compra direta da vacina russa Sputnik V (Foto: Reprodução)
Após a desastrosa fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em Manaus (AM), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou que o Estado está entrando com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo liberação emergencial para compra direta da vacina russa Sputnik V.
"Temos contrato de prioridade no fornecimento, temos condições de, em poucos dias, colocar essa vacina aqui na Bahia e não podemos assistir passivamente baianos morrerem, brasileiros morrem e numa absoluta insensibilidade humana, as autoridades federais estão de de braços cruzados e só repetem que que não podem fazer nada", declarou Rui.
No vídeo, publicado no perfil de Rui Costa no Instagram, o governador criticou duramente a inércia do governo federal diante das mais de 200.000 mortes acumuladas no Brasil.
"Era melhor cada um pedir demissão do cargo que ocupa, se não tem capacidade de fazer nada. A sociedade brasileira precisa reagir, a imprensa precisa reagir, os empresários precisam reagir, os trabalhadores precisam reagir. Não é possível o povo brasileiro ser maltratado como está sendo, pelas autoridades federais, sem o menor carinho, sem o menor afeto, sem a menor empatia com a vida humana", cravou o governador.
Rui Costa disse ainda que, recebendo resposta favorável ao pedido de liminar, fará declaração à toda imprensa sobre o calendário de vacinação na Bahia, com as datas e público alvo definidos.
A iniciativa do governador baiano aconteceu pouco depois de o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. declarar, em Manaus, em meio ao caos vivenciado na cidade com a falta de oxigênio nos hospitais e as dezenas de mortes ocorridas em decorrência, que a vacinação aconteceria "no dia D, na hora H".
Vale lembrar que o próprio Pazuello havia anunciado, no início no mês, que a vacinação iniciaria no dia 20 de janeiro. No mesmo anúncio, o ministro informou que o país dispõe de contrato para 354 milhões de doses da vacina, sendo 100 milhões a serem produzidas pelo Butantã (Sinovac), em São Paulo, e 254 pela Fiocruz (Astrazeneca), no Rio de Janeiro.
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