Andreza Vitória foi morta com um tiro e o ex-namorado (à direita), Adriel Montenegro, é apontado como autor do crime (Foto: Arte G1)
Julgamento ocorre no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, dois anos após o crime. Vítima foi morta a tiros, na varanda da casa do suspeito, no bairro de Itapuã.
Adriel Montenegro dos Santos, suspeito de matar a ex-namorada Andreza Victória Paixão, de 15 anos, no bairro de Itapuã, em Salvador, em 2017, vai à juri popular nesta sexta-feira (19), no Fórum Ruy Barbosa. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Andreza Victória foi morta com um tiro na nuca, na casa de Adriel, localizada no bairro de Itapuã, em Salvador, no dia 17 de abril de 2017.
Conforme informou a polícia, o suspeito, na época com 21 anos, encontrou com a garota no Colégio Rotary, também em Itapuã, onde ela estudava. De lá, os dois seguiram caminhando para a casa dele, que fica no mesmo bairro. Ao chegar na varanda do imóvel, a vítima foi baleada na nuca.
A adolescente foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Itapuã e, em seguida, transferida ao Hospital Geral do Estado (HGE). Apesar do socorro, ela não resistiu aos ferimentos. O pai de Adriel é policial militar e foi quem socorreu a garota.
A jovem foi enterrada no dia 18 de abril, no Cemitério Bosque da Paz, bairro de Nova Brasília, na capital baiana.
Adriel está preso desde setembro de 2017, quando se apresentou à polícia com um advogado, após passar cinco meses foragido. Em outubro do mesmo ano, o jovem, que chegou a ser incluído no Baralho do Crime da SSP, teve a prisão preventiva, sem prazo para expirar, decretada.
O rapaz foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio, com motivo torpe, sem possibilitar a defesa da vítima e prática de feminicídio, além de porte ilegal de arma.
Após ser preso, Adriel disse, em depoimento, que o tiro que atingiu a jovem foi acidental, ocorrido depois que ele tentou tirar o revólver das mãos de Andreza que, segundo o rapaz, estava o ameaçando com a arma. O rapaz disse que ela não aceitava o fim do relacionamento, que ele gostava da garota e que não teve intenção de matar a vítima.
A polícia disse, no entanto, que não acredita na versão do suspeito e que os laudos sobre o crime apontam que Adriel teve a intenção de matar a ex-namorada.
Arma do crime
Cerca de oito dias após o crime, a Polícia Civil divulgou que a arma usada para matar Andreza foi uma pistola .40, arma de fogo de uso restrito das polícias Civil e Militar. Posteriormente, no entanto, a polícia corrigiu a informação e disse que a arma usada no crime foi um revólver calibre 38.
Segundo a polícia, a arma do pai de Adriel foi periciada após o crime e, na análise, foi descartada a hipótese dela teria sido usada para matar Andreza.
Adriel disse que comprou a arma do crime na Feira do Rolo, centro de comércio a céu aberto localizado na Baixa do Fiscal, em Salvador.
Família da vítima
Após o crime, o G1 esteve na casa da mãe de Andreza, Lívia Tito, e ouviu os relatos de dor e saudade.
Na ocasião, Lívia disse que a adolescente não estava namorando com Adriel, e que segundo relato de colegas da escola da filha, ela não saiu da unidade de ensino com o ex-namorado. Foi Adriel quem perseguiu Andreza até a escola, lá ele roubou a mochila da adolescente para que ela fosse obrigada a ir na casa dele pegar os pertences dela.
A mãe da jovem contou ainda que Andreza foi morta faltando pouco menos de três meses para completar 16 anos. A morte ocorreu em 17 de abril, e o aniversário dela é no dia 13 de julho.
Adriel Montenegro quando se apresentou à polícia, em setembro de 2017 (Foto: Alan Tiago Alves | G1)
Adolescente foi morta a tiros no bairro de Itapuã em 2017 (Foto: Reprodução | Facebook)
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