Verão, carnaval na capital se aproximando e, mais um ano, a polêmica gira em torno da venda exclusiva de cerveja da marca tal na folia momesca de Salvador. Por conta do patrocínio oficial do grupo Brasil Kirin, dono da cervejaria Schin, outras marcas não podem ser vendidas nos circuitos e ruas próximas. A medida penaliza ambulantes, que pagam à Prefeitura de ACM Neto para adquirirem o direito de vender bebidas na festa, mas são obrigados a usar ‘uniforme’ da Schin, e os foliões que não têm o direito de escolha.
Esta semana, o vereador José Trindade (PSL), uma das poucas vozes na Câmara de Salvador de oposição à gestão de Neto, recorreu ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e ao Procon. A ação movida pelo edil faz queixa a esse “acordo de exclusividade para venda de cervejas no Carnaval”. Trindade questionou se a cervejaria deixa algum benefício permanente para a população da cidade que justifique o apoio da administração municipal.
"Entendo que quem patrocina deva ter o direito de colocar suas marcas nos circuitos com exclusividade, mas obrigar o cidadão a consumir determinado produto configura ilegalidade", disparou Trindade. Segundo o vereador, a Prefeitura soteropolitana vai desembolsar R$ 2 milhões só para fiscalizar essa venda exclusiva de cervejas Schin.
A prefeitura, inclusive, começou a distribuir nesta terça-feira (19) os “kits de trabalho para os ambulantes licenciados para atuar no Carnaval de Salvador 2016” - bonés, coletes, sombreiros, cestos de lixo e isopor tudo com logo da cervejaria.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) é a responsável pela distribuição, e justifica que a “padronização” visa “garantir o espaço dos vendedores credenciados que estarão trabalhando nas ruas da cidade, além de ajudar a coibir o comércio irregular”.
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