(...)Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Gálatas 6:7.
Não quero falar, e espero que jamais venha a ser levado a isso, do sonho com dois grupos de muriçoca, um menor e outro bem maior, que tive há algum tempo, mas vou deixar registrado para o caso de isto vir a ser inevitável e você se recorde do que deixei dito. Mas já falei aqui de Estive Jobs, então 'rei' da Tecnologia, e Michael Schumacher, 'rei' das pistas de Formula 1, o primeiro, que, nem com todo o dinheiro que tinha, não foi capaz de salvar-se dum câncer, e o segundo, que, nem com todo o dinheiro que tem, tem sido capaz de, ao menos, proferir uma palavra sequer, nesses três anos do acidente que lhe tem mantido acamado num estado quase vegetativo. Mas, apesar de numa linha semelhante, o assunto agora traz um posicionamento bem mais instigante que foi a abordagem que fiz quando do texto ‘protagonizado’ pelos dois personagens citado acima.
Claro que a passagem bíblica que abre o que vai se seguir não deve ter lhe passado ao largo, e ainda que lhe ocorra - já que te chamei atenção a isso, que tanto Jobs quanto Schumacher podem ter sofrido o que sofreram por ter “errado” contra Deus, a ideia não é usá-los com pano de fundo para nada aqui, pois ele, e exatamente ele, digo o texto bíblico, é que vai protagonizar tudo o que tiver como proposito em meu coração, para te alertar quanto a que sim, Deus não se deixa mesmo escarnecer.
(...) Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Êxodo 20:7.
Há quem pense, e não são poucos os que assim pensam – e um dia estive eu entre estes, que não tomar o nome de Deus em vão seria apenas não chamar Deus, aliás, termo que não é um nome mas um título, a todo momento por qualquer coisa ou razão, sem a mínima reverencia e respeito à Sua santidade e poder. Mas não é. Porem direi do meu entendimento sobre isto mais adiante. Segura um pouco.
“Deus não se deixa escarnecer”. Vamos seguir até o fim desse registro sem tirarmos da mente estas palavras. Combinado? Sigamos, pois.
Dia desses, levado pelo Espírito de poder a ler Daniel 4, todo o capítulo (o qual sugiro que leia-o na íntegra na Bíblia), enquanto seguia a leitura a cada ponto me vi recebendo revelações – quem tem o Espírito poderoso sabe a que me refiro - que muito me alegrava pois que via no nosso cotidiano de agora a grave necessidade de muita gente ser trazida a refletir sobre a questão, e não via a hora de esse momento chegar, já que logo entendi a razão da minha condução até aquele texto, pois que de pronto buscou minha mente certa imagem que vira durante certa cerimônia de posse nessa cidade.
Daniel foi um profeta dos poucos a quem o Senhor deu a interpretação de sonhos daqueles tempos, conforme os registros bíblicos, mas eu não fui conduzido até ali pela razão de o Senhor ter instituído também comigo este mistério, apesar de inicialmente eu ter pensado, mas fui para receber sobre aquele sonho do rei de Babilônia, Nabucodonosor, que era mais que um prefeito, e sua revelação por Daniel, para que esse momento aqui acontecesse. É assim que Jeová/Deus trabalha, por formas as mais imprevisíveis e inimagináveis, quando quer se fazer sabido por muitas pessoas. Portanto não desatente da leitura, que isso pode em muito lhe atingir.
O sonho do rei:
(...)Eis, pois, as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: Eu estava assim olhando, e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
Crescia esta árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra. Daniel 4:10,11.
(...)Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu,
Clamando fortemente, e dizendo assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos.
Mas deixai na terra o tronco com as suas raízes, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra;
Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos. Daniel 4:13-16.
A interpretação, e conclusão, por Daniel:
(...)A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até ao céu, e que foi vista por toda a terra;
Cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual moravam os animais do campo, e em cujos ramos habitavam as aves do céu;
És tu, ó rei, que cresceste, e te fizeste forte; a tua grandeza cresceu, e chegou até ao céu, e o teu domínio até à extremidade da terra. Daniel 4:20-22.
(...)Esta é a interpretação, ó rei; e este é o decreto do Altíssimo, que virá sobre o rei, meu senhor:
Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
E quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina.
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade. Daniel 4:24-27.
Avisado sobre que (...)Eu sou Jeová. Esse é o meu nome; Não dou a minha glória a nenhum outro, nem o meu louvor a imagens esculpidas. Isaías 42:8, e ainda que tenha entendido e aceito a revelação de Daniel, Nabucodonosor, poderosíssimo que era, conforme você leu, e mesmo que, e ainda que se tratasse dum pagão de marca maior, fosse extremamente religioso, não deu ouvidos ao profeta e pagou o preço. Até por quê, onisciente, Deus já sabendo que ele assim agiria, já havia lhe dado ali, na revelação daquele sonho, a sentença. E seguindo aquele rei na sua arrogância e continuando a dividir a gloria do Deus da verdade, com seus deuses de mentira, pagou o preço.
(...)Todas estas coisas vieram sobre o rei Nabucodonosor.
Ao fim de doze meses, quando passeava no palácio real de babilônia,
Falou o rei, dizendo: Não é esta a grande babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha magnificência?
Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino.
E serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo domina sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu pêlos, como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves.
Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Daniel 4:28-34.
Bem, a leitura bíblica não é de muito fácil compreensão, sobretudo quando não se tem o discernimento pelo Espírito, mas está mais do que claro que o poderoso rei Nabucodonosor, depois de passar sete anos (é a que se refere sete tempos), como se fosse um animal, pois sua mente tornou-se mesmo como uma mente dum animal, comendo capim, com os pelos feito como se fosse penas, de tão grandes, logo duma aparência no mínimo horrível, e dormindo no sereno, na mata, logo destituído do posto de rei nesse período, teve que se render ao verdadeiro Poder.
Mas, lembra do ato de não se dever chamar o nome de Deus em vão? Pois é, Nabucodonosor, que viria a ser usado para trazer a justiça provisória de Deus a Seu povo Israel, o escravizando, pela desobediência, incredulidade e idolatria daquele povo, o que é uma outra história, que não vai caber discorrer sobre agora, até então jamais usara o nome do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó em vão. Até porque ele, o rei, politeísta, jamais havia adorado a Deus como único Deus existente. Ele, o rei, passou aquele perrengue por conta da sua arrogância perante Deus e as maravilhas que havia feito diante de seus olhos e ainda assim ele não cedia. Justo por causa do grande poder e influência que tinha entre os homens. Eu disse entre os homens.
(...)Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. Colossenses 1:16.
Assim, onde quero chegar é naqueles que, inadvertidamente ou não, tem olhado para cima e invocado a Deus, Lhe atribuindo seus sucessos, invocando Seu nome sem que haja sintonia de ações, sem que se dê conta de que aí é que está o “em vão” a que Ele, Jeová (YHWH) se refere nas sagradas escrituras.
(...) Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Êxodo 20:7.
Isto posto, conjecturemos: Vamos supor que um homem de bem, altamente conceituado na cidade, tem um filho que em nada combina com o pai que tem. Enquanto o pai é o homem que é, o filho, que jamais ouviu os seus conselhos, é um fora da lei, foragido da polícia, cheio de inimigos, um irregenerável. Como seria se esse pai soubesse que esse filho, que nenhuma referência nele tem, lhe envergonhando, estava usando o seu nome em todo lugar onde chega - como se aquele pai o aprovasse? Pois é. Eis aí a que Jeová se refere quando diz que não devemos invocar o Seu nome em vão!
Naquele momento Nabucodonosor não professava a fé cristã – e aqui não se é preciso ser rei nem prefeito para que se considere enquadrado, mas por sua soberba, altivez, arrogância, e idolatria, foi muito bem inserido na história e nos registros bíblicos, pois que não o bastante serviu de importante ferramenta nas mãos de Deus para dar uma lição no Seu povo, agora nos serve também de exemplo de como não se deve agir diante do grande “Eu Sou”, perante Quem não há poder que subsista sem que a Ele se submeta.
Eu não sei se me fiz entender, mas mais claro impossível.
Deus não se deixa escarnecer e não suporta ver Seu nome invocado sem que haja um propósito de quem O expõe com Ele. E o preço que se pagará não será em nada barato se tomado como base que até uma palavra da qual não seja gerado proveito algum para alguém, que o homem profira, disso será dado conta no dia do acerto de contas de toda a humanidade com Ele, conforme disse Jesus:
(...)Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Mateus 12:36.
Uma palavra tola vai gerar tamanha cobrança. Avalie o santo nome d’Ele, chamado em vão e mais tendo Ele avisado do cuidado quanto a esse pecado não poucas vezes...
Na vida dum crente comum, digo dos comprometidos com não ofender a santidade de Deus e com o que ser chamado de crente n’Ele representa, não se vê com facilidade que este minta sobre sequer um saco de pipocas, posto que este, antes tendo cuidado para não agredir a Sua santidade, sabe muito bem o que quer dizer o disposto no livro de Jeremias: (...)Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor. Jeremias 23:24. O que refere-se muito claramente a que faça ou pense o que quiser mas saiba que Ele, o “Eu Sou”, sabe de tudo bem antes de a ação ser executada ou o pensamento concebido em cada coração. Coisa dum Deus único, onipotente, onipresente, e onisciente, sabe como é...
Em Habacuque 1;13 está escrito que Deus é tão puro de olhos que não pode contemplar o mal. Assim, do mesmo modo que para todos, como já disse, mas agora para muitos dos meus senhores e minhas senhoras, detentores de poder seja este qual for, que signifique empresarial, jurídico, ou político, esteja você no Brasil ou no Iraque (antiga Babilônia), antes de virem-se volvidos em bonecos de pano e seus tronos majestosos tornados em tronos de papel, minha sugestão é que há de se refletir muito, mas muito mesmo, antes duma confissão como a que se tem visto ser feita sem que haja o devido cuidado com o testemunho.
(...)Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade. Tiago 2;12.
Entretanto, porém, todavia...
O conselho é para quem cabe. E se lhe cabe, acate. E agradeça a Deus pela minha vida na tua vida. Pelo tanto que Lhe tenho ouvido para vir aqui 'lhes' dar esses avisos. Aliás, avisos primorosos, posso lhe garantir. Porque bem sei Quem tem vindo a mim. As duas passagens imediatamente â baixo, inclusive, me foram dadas, num mesmo capítulo, o 12 de Daniel, em outro momento, quero dizer em outro dia, como que numa confirmação de que “é mesmo por aí, filho, que tú tens que ir” (leia Daniel 12 todo e perceberá mais):
(...)Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. Daniel 12:3.
(...)Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão. Daniel 12:10.
Exposto isto, você que tem usado o nome de Deus em vão, repetindo, se isso lhe cabe, e aqui que seja comum a cada um conforme a sua medida, a não deixar de atentar para as armadilhas do diabo, assim como para os avisos dos Céus, e fugir das tentações e do pecado. Que diferente disso é condenação na certa. Simples assim.
(...)Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Tiago 1:15.
Nabucodonosor, que sofreu sua mazela há milhares de anos, que o diga, mas o que não cabe apenas àquele rei, é que não há poder sem que este venha mesmo das forças de Deus, que é o único que dá – as vezes por pura permissão, porém - e torna a tomar. O rei caldeu pensou que sua autoridade e poder de entre os homens fosse o bastante para que ele continuasse a reinar, e conquistando outros reinos, sem dar satisfação alguma das suas atitudes a Alguém de fato superior a ele, e agora serve-nos de pano de fundo para essa maravilha de advertência. E já que, salvando a devida proporção, falamos de autoridade, que sirva a alguém outro como alerta sobre problemas futuros com inimaginável brevidade que se pode vir a sofrer, se quiser.
(...)Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade. Provérbios 16;32.
E muito oportuna a passagem imediatamente acima, que já se encontrava inserida, posto que, depois de pronto o texto, essa noite, depois de orar ao Senhor, sobre como seria esse texto publicado, o sonho que Ele me deu, foi dum boi correndo atrás de mim. Apesar de quê, não vi ele me atingir em nenhum dos momentos do sonho. E há mensagem nisto, uma delas é que boi, que não se governa, também come erva. "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas...", Apocalipse 2;7".
Mas, tampando a panela, rememorando, agora que você já sabe que 'tomar o nome, ou seja, invocar a Deus em vão, vai bem além de O clamar 'pela pipoca que passou do ponto no fogo', mas diz de que antes de invocá-Lo deve-se dar testemunho d'Ele na vida, ou seja, buscar imitar o Seu filho, Jesus Cristo, em amor, bondade e justiça, tenha você seja qual tipo de poder for, e nisto se inclui o simples governo dum lar - e observando bem onde lhe cabe isso, jamais se esqueça de Quem é e de onde vem toda autoridade e poder. Pois que...
(...)A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Provérbios 16; 18.
Shalom.
Antonio Franco Nogueira - a serviço do Reino eterno.
AQUI mais textos do autor.
< Anterior | Próximo > |
---|