Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) (Foto: Divulgação/Embasa)
Clientes da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) - ou seja, a maioria dos adultos baianos - passaram a ser alvo de uma nova fraude que circula pelo WhatsApp. Golpistas se fazem passar por atendentes da companhia, alegam inconsistências na fatura de água ou ameaça de corte imediato e convidam o consumidor para uma chamada de vídeo. No meio da conversa, pedem que a vítima compartilhe a tela do celular “para resolver o problema”. A partir desse momento, têm acesso a aplicativos bancários abertos e conseguem fazer transferências em tempo real.
Segundo João Ricardo Souza, gerente de relacionamento com usuários, a fraude se vale da reputação de empresas conhecidas para ganhar confiança. “Quando o golpista entra na tela do aparelho, enxerga tudo que a vítima estiver acessando: contas, transferências, códigos Pix. É uma invasão em tempo real”, explica.
A Embasa confirma ter registrado os primeiros casos em abril e lembra que não realiza atendimentos por videochamada, tampouco solicita compartilhamento de tela ou senhas. Todo suporte oficial é prestado apenas pelos seguintes canais: teleatendimento 0800 0555 195, Atendimento Virtual (site atendimentovirtual.embasa.ba.gov.br ou aplicativo Embasa) e WhatsApp (71) 99717‑0999.
Como se proteger
Caso a cobrança chegue por link, QR Code ou boleto suspeito, o consumidor deve interromper a operação e conferir o número do CNPJ que aparece na chave Pix (o correto da Embasa é 13.504.675/0001‑10) ou os primeiros dígitos do código de barras, que sempre começam por 82. Já foram identificados boletos falsos com dados divergentes redirecionando o pagamento diretamente para a conta dos criminosos.
Além disso, vale a regra geral para se proteger de todos os golpes em que bandidos se passam por funcionários de empresas conhecidas: encerre o contato e ligue você mesmo para os canais de atendimento oficiais. De preferência, faça a ligação de outro número. Essa é a melhor forma de garantir que você está falando com a empresa.
Além disso, qualquer pedido de urgência, ameaça de corte imediato ou insistência para “resolver agora” deve acender o alerta. E, sobretudo, nunca compartilhe a tela do celular com desconhecidos: esse gesto abre a porta para que golpistas vejam senhas, tokens e mensagens de verificação. Também não compartilhe senhas, nem forneça nenhum código de segurança enviado para o seu número. É através desses códigos que eles conseguem clonar e invadir suas contas.
Por último, tentativas de fraude devem ser denunciadas à polícia, pois a abertura de boletim de ocorrência ajuda a rastrear autores e coibir novos ataques. Enquanto isso, lembra a Embasa, o consumidor deve manter antivírus atualizado, usar senhas fortes e desconfiar de contatos que prometem facilidades ou exigem pressa para concluir pagamentos. Golpes virtuais continuam evoluindo, mas a melhor defesa ainda é a informação e o cuidado redobrado com cada clique.
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