Caso aconteça um fato impactante que altere completamente a correlação de forças, a tendência é o presidenciável do PT ir ao segundo turno da eleição com Bolsonaro (PSC) ou Dória (PSDB)
PROBABILIDADE
Tudo bem que em política as surpresas fazem parte do jogo. Mas, a menos que as elites golpistas ousem agravar ainda mais a crise institucional e condenem Lula em segunda instância, mesmo sem prova alguma, ou aconteça um fato impactante que altere completamente a correlação de forças, a tendência é o presidenciável do PT ir ao segundo turno da eleição com Bolsonaro (PSC) ou Dória (PSDB). As pesquisas confirmam.
TENEBROSOS
No Brasil pós golpe, as forças de direita, derrotadas nas urnas nas últimas quatro eleições presidenciais, disputam qual o candidato mais competitivo para encarar Lula. E as opções são terríveis, para a democracia e para o povo. De um lado, em segundo lugar nas pesquisas, o neofascista Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Do outro, na terceira posição, o neoliberal xiita João Dória (PSDB-SP).
FAVORITOS
Os novos lances da guerra pela definição do presidenciável do PSDB permitem a interpretação de que, hoje, os favoritos são Dória e Alckmin. Inclusive, o afilhado pode trair o padrinho. Serra encolheu muito e Aécio sucumbiu completamente no escândalo da Friboi. Os dois foram citados em inúmeras delações da Lava Jato. Inclusive, tem crescido muito a pressão interna para que o senador mineiro seja afastado da presidência do partido.
VIAJANDORIA
Realmente, o cidadão tem cara de almofadinha, não gosta de trabalhar, detesta pobre, é racista, machista, tem preconceito com nordestino, mas é recomendável não subestimar a pré-candidatura de João Dória à presidência da República. Bom ou ruim, mesmo com escracho e "ovada", aos trancos e barrancos, ele montou um fortíssimo esquema de mídia, abandonou a Prefeitura de São Paulo e está percorrendo o Brasil, em plena campanha, tornando-se conhecido. Não é em vão que se consolidou no terceiro lugar da corrida presidencial, bem na frente dos demais tucanos. Todo cuidado é pouco.
PERSEGUIÇÃO
Diante da absurda e inconstitucional decisão do juiz Felipe Albertini Nani Viaro, da 26ª Vara Civel de São Paulo, de querer impedir a banqueira Roberta Luchsinger de doar R$ 500 mil a Lula para ele se manter, depois dos bloqueios feitos por Moro, a herdeira do banco Credit Suisse anunciou que vai dobrar a doação. Ela ainda curtiu com o magistrado. Nas redes sociais, classificou o fato de perseguição e perguntou por que ele não faz o mesmo com Dória, bancado por empresas. Judiciário tirânico.
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A coluna Pauta Livre, de autoria do jornalista Rogaciano Medeiros, é um espaço onde ele escreve suas análises sobre a situação política nacional, dentro de uma ótica questionadora através de um ponto de vista diferente dos tradicionais veículos de comunicação. Justamente para questionar a grande imprensa, que manipula a informação e coloca a versão que lhe é conveniente como se fosse a verdade absoluta.
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