MUITO GRAVE
O projeto do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), de criminalizar e sentenciar com até cinco anos de prisão quem estimular a luta de classe ou mesmo veicular e propagar símbolos comunistas, reafirma o preocupante rumo ao despotismo que o Brasil descamba. Muito mais do que sair do armário, a extrema direita mostra as garras, bem ao estilo fascista de intolerância, ódio e violência. A jovem e frágil democracia brasileira corre riscos seríssimos.
BEM PERIGOSO
O golpe libertou a monstruosidade fascista das elites nacionais, que sempre infernizou a vida política brasileira, mas nunca tinha assumido publicamente a face do terror, como agora. Nem na ditadura civil militar (1964-1985). A pré-candidatura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à presidência da República, a tentativa de criminalizar as forças democráticas, o abuso de poder do MP, da PGR, do STF, do Congresso e do juiz Sérgio Moro, a extinção de direitos evidenciam o fortalecimento de uma direita insana que põe em risco todo o sistema político brasileiro e empurra o país para uma aventura extremamente perigosa. A nação precisa reagir.
MAIS FUNDO
Lula tem dito que, ao condená-lo, o juiz Sérgio Moro buscou, acima de tudo, prestar conta à mídia, em especial à Globo. Mas, ele sabe que o buraco é mais embaixo. Tem consciência de que a condenação é uma das etapas principais do golpismo, talvez a mais difícil, mais até do que o próprio impeachment. Afinal, deixá-lo livre para vencer a eleição do próximo ano, como mostram as pesquisas, é jogar o golpe que tirou Dilma da presidência na lata do lixo. Esse é o pensamento das elites ultraconservadoras.
É POUCO
Com a experiência de quem dirige, há muitos anos, o instituto de pesquisas Vox Populi, o sociólogo Marcos Coimbra diz que Sérgio Moro é muito pequeno para destruir um símbolo político da estatura de Lula. "Por mais que se empenhe para cumprir a tarefa de eliminar o ex-presidente do pleito de 2018, o juiz curitibano não abala a grande popularidade".
CAIU TARDE
Se estiver falando a verdade, demonstra total incapacidade para o cargo que ocupa, de grande relevância para a República e a democracia. Conhecido por assumir posições públicas contra Lula, Dilma, o PT e demais partidos de esquerda, o procurador federal Carlos Fernando Lima se queixa na mídia do fato de muitos políticos terem aproveitado a Lava Jato não para combater a corrupção, mas apenas para instrumentalizar o impeachment. A ficha caiu tarde. Inocente útil ou inútil culpado?
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A coluna Pauta Livre, de autoria do jornalista Rogaciano Medeiros, é um espaço onde ele escreve suas análises sobre a situação política nacional, dentro de uma ótica questionadora através de um ponto de vista diferente dos tradicionais veículos de comunicação. Justamente para questionar a grande imprensa, que manipula a informação e coloca a versão que lhe é conveniente como se fosse a verdade absoluta.
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