Ela escreveu texto relembrando sua estadia aqui e indicando Edson Gomes
Anna Chlumsky, 38 anos, é mais conhecida em todo mundo por seu papel como Vada, de "Meu Primeiro Amor", mas houve um Verão, em Salvador, em que a atriz respondia pelo email "
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". No último domingo, Anna estava no prêmio Emmy por seu papel na série de comédia "Veep", mas o que chamou atenção dos brasileiros foi mesmo a passagem da atriz pelo tapete vermelho. Em entrevista a Caroline Ribeiro e Hugo Gloss, da TNT, Anna revelou que sabe falar português e lembrou de quando morou em Salvador, onde estudou a língua.
"Eu namorava um carioca durante a faculdade e queria falar com a mãe dele, aprendi. Depois do relacionamento, eu fui estudar em Salvador", contou a atriz aos surpresos entrevistadores. "Meu Primeiro Amor foi muito popular no Brasil", acrescentou.
A atriz aceitou fazer a entrevista em português, mesmo tendo dificuldade para entender em um ou outro momento. Assista: Vídeo
A passagem de Anna por Salvador foi no início dos anos 2000, quando frequentou uma escola de idiomas na Barra para aprender português. Na época, ela não estava envolvida com a carreira artística e estudava Relações Internacionais - se formou pela Universidade de Chicago. Depois, foram dois anos trabalhando no mundo editorial de Nova York, antes do retorno à atuação. Ao todo, foram quase 10 anos afastada do show business.
Anna publicou um texto em uma revista especializada no nosso país, a Brazzil, contando da sua experiência em Salvador e dando dicas de como curtir a música na cidade. "Bahia, você me enfeitiçou", diz o título da matéria (leia, em inglês, aqui).
A atriz descreve a capital baiana como extremamente musical. Qualquer conversinha rotineira terminava com alguém dizendo "minha banda vai tocar essa noite", relembra Anna. Tal qual uma nativa, Anna cita uma noite chuvosa acompanhando uma batalha de bandas no Instituto de Biologia, da Ufba ("melhor descrito como um puro desastre"). De lá, seguiu para o Largo de Santana e encerrou a noite tomando cachaça no Mercado do Peixe.
"Pedimos que ele nos deixasse na Praça de Santana, um ponto de encontro favorito de estrangeiros. Estava chovendo muito. O taxista insistiu para que não desistíssemos e nos levou ao seu lugar favorito, o Mercado de Peixes. Logo descobrimos que essa coleção sombria de bares e cafés, coberta por grandes sombreiros, era o melhor lugar para avaliar as tendências musicais locais - sem mencionar beber cachaça (licor muito forte) até o sol nascer. Em suma, o Mercado foi o novo favorito", escreveu.
Embora destaque grandes nomes da música do estado, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, e estrelas do axé como Daniela Mercury, o texto ressalta a "nova revolução musical" que ela sentia nas ruas: o forró e o reggae. Ela busca as origens dos dois gêneros e como se apresentam em Salvador.
E não se engane: a atriz deu dicas bem raiz para quem leu o texto. Entre os cinco discos de reggae que ela recomenda estão Edson Gomes (Acorde, Levante, Lute) e Nego Vieira (Somos Libertos). No top 5 de forró aparece um Melhor de Luiz Gonzaga, e Colher de Pau.
Anna tinha 11 anos quando participou do filme 'Meu Primeiro Amor', um clássico da Sessão da Tarde, ao lado de Macaulay Culkin. O longa teve enorme sucesso mundo afora e tornou Anna e Macaulay dois dos rostos mais conhecidos dessa geração.
Lembra?
Outro ator gringo também já morou em Salvador e relembrou sua infância por aqui. Alfred Enoch, conhecido por sua participação na saga Harry Potter e na série How to Get Away with Murder, possui dupla nacionalidade e é fluente em português, já que é filho do ator britânico William Russell e da médica brasileira Balbina Gutierrez. O ator será protagonista do filme Medida Provisória, primeiro longa-metragem dirigido por Lázaro Ramos.
Aos seis anos de idade Alfred morou em Salvador e já falou sobre essa passagem pela Bahia em entrevista à Band TV em 2016. "Eu morei por um ano em Salvador quando tinha 6 anos, em 1994. Estudei na escola Pan-Americana lá, não lembro muito, mas eu adorava. Me diverti muito em Salvador. E se come muito bem. Na Bahia se come muito bem. Minha mãe sempre faz bobó de camarão pra mim", contou ele, relembrando de episódios em que buscou reviver as experiências.
"Vivo pedindo para ela fazer acarajé, mas ela diz que é muito difícil. A última vez que eu estava no Rio de Janeiro, procurei um acarajé. Meus amigos disseram: 'Tem uma baiana que de vez em quando vende aqui nessa esquina'. Eu encontrei a baiana, foi o melhor momento da minha vida! Eu vou para restaurantes brasileiros em Londres, em Manchester, e sempre pergunto se tem acarajé, mas nunca tem! Realmente, só com baiana na rua que encontro", afirmou ele na ocasião.
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