A nação pipoca atendeu ao chamado da Timbalada para antecipar o Carnaval de Salvador. Sob o comando do trio Pipoco Skol, a banda percussiva levou uma multidão durante todo trajeto do circuito inverso do Morro do Gato até o Farol da Barra. Antes de subir ao trio, o vocalista da banda Denny Denan falou ao CORREIO sobre os boatos de sua possível saída da banda. “Eu acho que a Timbalada é o que é hoje pela renovação. Vai chegar uma época que eu não vou fazer parte da Timbalada, por um fato natural, e virá outro, assim como Millane está vindo. A coisa mais importante da Timbalada é o poder da percussão. Eu sou só o complemento”.
Se depender do cacique Carlinhos Brown, criador e um dos donos da banda, Denny vai continuar no posto. “Ele é bem-vindo na escolha dele, mas, por mim, ele fica”, afirmou Brown. Brown disse que não foi comunicado de nada, mas vai apoiar a decisão de Denny - seja qual for. “Importante é que os tambores da Timbalada estejam sempre prontos, preparados e coesos em relação às músicas”.
E se engana quem pensa que a única novidade da banda era puxar o bloco na terça-feira antes da abertura oficial do Carnaval. A data também marcou a estreia da cantora Millane Hora na folia momesca à frente da Timbalada. “Pra mim é uma realização como cantora. A Bahia deu o maior presente profissional da minha vida, que é poder fazer essa festa”, disse. Segundo ela, as polêmicas com relação à sua entrada na Timbalada é página virada. "Essa história já foi, já deu o que tinha que dar e eu continuo trabalhando. Espero que com o tempo eu comece a agradar", completou.
De uma ponta a outra do circuito o público mais fiel à banda deixou as magoas de lado e acompanhou o percurso relembrando sucessos de novos e velhos carnavais, entre eles "Latinha", "Tuck Tuk" e Ashansu". O batuque fez a alegria da estudante Érica Hatzinikolaou, de 32 anos, sair correndo do trabalho para chegar a tempo de pegar a saída do Pipoco. “Sou fã da Timbalada há anos luz, mesmo com toda a polêmica que rolou em torno da nova formação”, contou.
Quem também seguiu atrás da Timbalada foi a estudante Phedra Gusmão, de 20 anos. “Acompanho a banda desde meus cinco anos quando minha mãe começou a me levar para a Avenida. Foi maravilhoso ver a Timbalada na pipoca. Achei que o percurso todo foi bem tranquilo”, avaliou.
Esquente
O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, não confirmou se a terça-feira vai ser consolidada como mais um dia de Carnaval. “Esse foi um esquente do que vai ser o maior carnaval da história de Salvador. Não está no nossos planos aumentar mais o Carnaval de Salvador, mas vamos continuar trabalhando para fortalecê-lo”. Segundo ele, em toda a cidade, serão mais de 700 horas de música durante a folia momesca.
Para a vice-presidente de Marketing da Ambev, Paula Lindenberg, o evento foi uma forma da companhia, por meio da marca Skol, proporcionar um Carnaval ainda melhor para os baianos. "Termos esse palco aberto e com grandes atrações todos os dias é mais uma forma de gerar entretenimento para que os baianos tenham uma festa ainda melhor e mais acessível", disse.
De acordo com ela, a Bahia é um mercado muito importante para a Skol, que pretende se aproximar cada vez mais do público baiano. "O Carnaval e as lavagens são momentos icônicos, mas queremos estar presentes em outros momentos, como o São João, por exemplo".
< Anterior | Próximo > |
---|