O suspeito de cometer ofensas raciais contra a cantora Ludmilla nas redes sociais foi identificado e confessou o crime na manhã desta terça-feira (24), na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática na Zona Norte do Rio de Janeiro. Hélder Santos tem 31 anos e mora na capital carioca.
Professor de capoeira, Hélder já responde na Justiça por uma tentativa de homicídio em 2009, quando era segurança de uma boate. Helder será indiciado pelo crime de injúria preconceituosa com a causa aumentada, devido ao fato do ato ter sido cometido na internet.
De acordo com o delegado Alessandro Thiers, que acompanha o caso, o inquérito policial será encaminhado à Justiça. Segundo Thiers, o homem confessou o crime após tentar se esquivar várias vezes, dizendo que teve o celular roubado e que não era ele que tinha feito a postagem. "Ele falou, e não soube explicar porque, que falou aquilo em um momento de desabafo", disse Thiers ao site 'G1'.
Hélder afirmou em depoimento que é fã da cantora e que tem pessoas de cor negra na família. "Ele disse que não é criminoso, mas é criminoso sim. Quem pratica crime de racismo e injúria racial é criminoso, e a polícia está aqui cumprindo o papel dela", afirma o delegado.
Denúncia
Helder foi identificado após a cantora tem pego cópias das imagens onde aparecem os comentários racistas feitos por ele e divulgado em sua página, pedindo ajuda para identificá-lo. O rapaz chegou a apagar seu perfil no Instagram, mas foi encontrado pela polícia.
Na saída da delegacia, Hélder falou com a imprensa e negou ter cometido o crime. "Não fui eu. Aquele é o meu perfil, mas fizeram uma montagem, printaram e mandaram para ela. Como que eu ia xingar a Ludmila?", afirmou Hélder.
Ludmilla foi à delegacia na tarde de segunda-feira (23) para registrar ocorrência contra o homem e desabafou. "Eu fico muito desesperada, porque as pessoas ficam atingindo as outras achando que não vai machucar. Eu tenho familía. Eles acham que não chateia, mas machuca de verdade", disse a cantora.
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