A filariose linfática , também conhecida como elefantíase, é a primeira doença determinada socialmente que o Brasil está livre. O reconhecimento oficial aconteceu nesta segunda-feira, 11.
Em setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia anunciado o feito brasileiro, no entanto, a entrega oficial do documento foi realizada em cerimônia na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A homenagem foi entregue à ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo diretor da Opas/OMS, Jarbas Barbosa.
Considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidade permanente, a filariose linfática afeta, principalmente, populações vulneráveis. O Brasil é o 20º país a receber a certificação pela eliminação da doença e o 53º a ficar livre de uma doença tropical negligenciada.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou que esta é uma conquista importante e que exige um compromisso do governo. “Parabenizo o Brasil pelo esforço para livrar seu povo do flagelo dessa doença dolorosa, deformadora, incapacitante e estigmatizante. Esse é outro exemplo do incrível progresso que temos alcançado contra as doenças tropicais negligenciadas. E dá esperança de que é possível eliminar essa doença em muitas outras nações que ainda enfrentam a filariose linfática”.
Sobre a doença
A elefantíase é causada por um verme e é transmitida pela picada do pernilongo. É uma doença relacionada à falta de saneamento, que ocasiona maior risco de adoecimento entre populações desassistidas. Ao mesmo tempo, é perpetuadora da pobreza, uma vez que com o adoecimento tende a diminuir a força de trabalho e causar estigma e discriminação, podendo acarretar marginalização e exclusão social.
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