10 dias após o início da greve dos médicos da Prefeitura de Camaçari, com atuação nas UPAs de Nova Aliança, Vila de Abrantes, Arembepe e Monte Gordo, a Justiça decretou a ilegalidade da paralisação. A decisão foi expedida na manhã de sábado (02), pela desembargadora Maria do Rosário, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). A Secretaria de Saúde (Sesau), argumentou que os médicos não atenderam as exigências legais, como informar com antecedência a greve e manter 30% do contingente trabalhando.
O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), decretou a greve alegando falta de condições de trabalho. Segundo o presidente da entidade, Francisco Magalhães, as unidades do município passam por sérios problemas. "Os médicos estão trabalhando em condições precárias. Os problemas vão desde falta de materiais básicos, como dipirona e gaze, além da falta de segurança", disse em entrevista ao jornal A Tarde.
De acordo com o secretário de Saúde, Washington Couto, todas as demandas foram acertadas; restando apenas o acerto sobre aumento de salário. Já a prefeitura de Camaçari denunciou que o Sindmed proibiu a contratação de médicos em caráter excepcional para o período de greve. O sindicato rebate a acusação, informando que um dos artigos do Código de Ética dos profissionais da área de medicina, proíbe a contratação de novos médicos para substituir outros que estão em greve.
O TJ-BA definiu uma multa diária de R$ 50 mil por dia caso os trabalhadores não voltem as atividades. O Sindimed afirma que vai recorrer da decisão.
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