DEVASSIDÃO
A presença de Sérgio Moro em evento promovido pela Petrobrás, autora do processo contra Lula, é mais uma prova cabal, incontestável, de que o golpismo perdeu de vez a vergonha, a compostura. O juiz da Lava Jato, responsável pela ação em que o ex-presidente é réu, ainda deu dicas à direção da estatal para evitar a corrupção. É muita descaração.
AVESSO
Embora a função constitucional e ética de um juiz seja zelar pelo respeito às normas legais, Sérgio Moro tem se notabilizado por sempre agir às margens da lei. Como se não bastasse o absurdo de participar de evento promovido pela Petrobrás, autora de um processo que dirige, a sugestão que apresentou à diretoria da empresa para conter a corrupção é mais uma prova do desprezo pelo Estado de direito. Sugeriu o monitoramento da vida dos funcionários.
IMPERADOR
Gilmar Mendes deve pensar que o Brasil é Diamantino, município no Mato Grosso onde a família dele impera há muitos anos, com pouco apreço à lei. Ministro do STF e presidente do TSE, ou seja, integrante de duas altas cortes do Judiciário, poder inerte que só pode se manifestar se provocado e nos autos, ele já antecipou, na mídia, a cassação do mandato de Lula ou Bolsonaro, primeiros colocados nas pesquisas, se um dos dois for eleito presidente da República. Os acusa de abuso do poder econômico. Parece brincadeira. Só no Brasil pós golpe.
ZEBRA
O golpe jurídico-parlamentar-midiático do ano passado foi dado com a intenção de recolocar o PSDB no poder central, depois de quatro derrotas seguidas nas urnas. Mas, deu tudo errado. Os setores progressistas mantêm a preferência popular e a extrema direita de cunho fascista ganhou corpo e engoliu os tucanos. A atitude do presidente do TSE, Gilmar Mendes, de anunciar, antecipadamente, à mídia, a cassação de Lula ou Bolsonaro, se um dos dois for eleito presidente, comprova o fracasso eleitoral do golpismo.
MERCADÃO
Desesperado por saber que se deixar para o próximo ano ficará bem mais difícil aprovar a reforma da Previdência e no afã de manter a fama de gerentão eficiente do neoliberalismo, Temer aperta o orçamento de ministérios bem dotados como o da Saúde, das Cidades e da Integração Nacional. Quer mais R$ 3,6 bilhões para comprar deputados. A aprovação requer 308 votos e hoje o governo só tem menos de 280. No máximo.
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A coluna Pauta Livre, de autoria do jornalista Rogaciano Medeiros, é um espaço onde ele escreve suas análises sobre a situação política nacional, dentro de uma ótica questionadora através de um ponto de vista diferente dos tradicionais veículos de comunicação. Justamente para questionar a grande imprensa, que manipula a informação e coloca a versão que lhe é conveniente como se fosse a verdade absoluta.
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