DOMINADO
Nesta quarta-feira, a Câmara Federal define o futuro do presidente da República e os destinos do Brasil. Apesar de rejeitado por mais de 90% da população, do agravamento da crise econômica, de a Globo anunciar televisionamento direto e da pesquisa Ibope, divulgada ontem, de que para 73% dos brasileiros deputado que apoia Temer também é corrupto e não merece ser reeleito, as possibilidades maiores são de negação do processo no STF. O Planalto abriu o cofre, e diante de um Parlamento demasiadamente fisiológico, a tendência é o homem se salvar.
DECISIVO
Assim como aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça, o apoio do PSDB será decisivo para a salvação de Temer. É o pagamento dos tucanos em troca da operação comandada pelo Palácio do Planalto, que garantiu a devolução do mandato de senador de Aécio Neves (MG), suspenso pelo STF depois de ter sido flagrado em crimes de obstrução da Justiça, cobrança de propina e plano para assassinato.
COLADO
Pré-candidato ao governo do Estado, ACM Neto (DEM) está fechado com o esquemão para salvar Temer. Inclusive, é acusado de ter usado a amizade com o presidente para impedir a liberação de empréstimo de R$ 200 milhões para a Bahia. Dinheiro seria aplicado em estradas, saúde e educação. Quer dizer, para atingir o governador Rui Costa ele prejudica toda a população. Liderados pelo prefeito de Salvador, os quatro deputados do Democratas – José Carlos Aleluia, Cláudio Cajado, Elmar Nascimento e Paulo Azi - votam pela salvação de Temer.
SEM NOÇÃO
A entrevista do procurador federal Carlos Fernando Lima à Folha de São Paulo, semana passada, continua a gerar furor entre políticos, juristas e advogados. Ganha força a proposta de uma intervenção do Conselho Nacional do Ministério Público. Como se não bastasse o fato de ter insistido em condenação sem provas e não esconder a manipulação política na Lava Jato, ele teve o desplante de se oferecer para o mercado. Se colocou à disposição de empresas. Admitiu que a operação foi criada para facilitar o impeachment.
ESPELHO
A barbaridade cometida pela desembargadora Tânia Borges, de Mato Grosso do Sul, que no dia 21 de julho foi pessoalmente ao presídio onde o filho Breno estava preso, por ter sido flagrado com 130 quilos de maconha mais munição para fuzil, e o levou para casa, reflete a exacerbação dos abusos de poder que tomaram conta do Brasil a partir do golpe do impeachment. Os maus exemplos partem do STF, do Ministério Público, da PGR, do Parlamento, que não respeitam a Constituição e demais leis. É a desordem institucional. Um grande perigo.
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