Duas declarações do novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, que toma posse hoje, foram suficientes para aterrorizar os falcões do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que agora vão ter saudades da autonomia desfrutada nos governos Dilma e Lula, quando eram felizes e não sabiam. Jardim admitiu a possibilidade de trocar o comando da Polícia Federal, o que só pode apontar para uma tentativa de controlar as investigações da Lava Jato relacionadas com Temer e sua turma, e afirmou que o novo Procurador-geral da República não tem necessariamente que ser um dos integrantes da lista tríplice votada pela corporação. Para completar, o novo ministro lembrou que o TSE vai julgar uma AIME, ação de impugnação de mandato eletivo relacionada ao pleito de 2014 e não a permanência de Temer no cargo, num sinal de que vai liderar a guerrilha de recursos para manter o chefe no posto. Ele foi ministro do TSE.