Em entrevista à BBC Brasil, o subprocurador-geral da República Nicolao Dino Neto, afirmou que investigar a corrupção no Brasil significa lidar com casos que parecem "puxar" uns aos outros. "É como uma caixa de Pandora. Quando você mexe na caixa, aparece mais uma ramificação", afirma.
Segundo Nicolao Neto, que coordena a Câmara de Combate à Corrupção, atualmente, o Ministério Público Federal investiga diretamente 26 mil casos de corrupção e, no ano passado, propôs mais de 2 mil ações contra acusados de enriquecimento ilícito e outros crimes relacionados.
Ele acredita que os próximos anos haverá um aumento na quantidade e na eficiência das ações contra corruptos, por causa da criação dos chamados Núcleos de Combate à Corrupção em todo o país.
"As investigações tendem a ser mais eficientes porque serão conduzidas num único procedimento, que vai resultar em medidas de ação penal e não penal. O resultado é melhor porque em vez de dois ou mais procuradores investigando o mesmo fato, você terá um só, que vai apurar o caso na perspectiva do crime e na da improbidade administrativa."
No último mês de dezembro, o grupo coordenado por Dino Neto divulgou uma seleção das 100 principais ações em casos de corrupção realizadas em todos os Estados durante o ano de 2015.
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