Rubro-negro, que não perdia em casa há três jogos, voltou a sofrer quatro gols nesse Brasileirão
Nem tudo que parece, é. Parecia que o Vitória ia ganhar. Que o torcedor ia deixar o Barradão com um sorriso largo. Mas não foi nada disso que aconteceu. Neste domingo (23), o Botafogo conseguiu a virada e venceu por 4x3, trazendo lembranças de um passado recente que o rubro-negro faz questão de esquecer.
Ainda tinha torcedor sintonizando o radinho de pilha, se ajeitando na arquibancada e outros concentrados em abrir as casquinhas do amendoim cozido quando, de repente, gol do Vitória. A euforia foi tão grande que até quem não viu a bola entrar no gol não reclamou.
Foi muito rápido. O Vitória precisou de, mais precisamente, 40 segundos para abrir o placar. Pouco após o apito inicial, Yago trabalhou a bola pelo lado esquerdo do ataque rubro-negro e lançou para Lucas Fernandes. O atacante, que fazia seu primeiro jogo como titular desde a chegada de Carpegiani, dominou com categoria, driblou Moisés dentro da área do Botafogo e chutou e canhota, mandou no cantinho do gol.
O jogo estava tão empolgante que era mais negócio deixar o amendoim pra lá e focar só no campo. O Vitória quase fez o segundo novamente com Lucas Fernandes, que mandou outra bomba de canhota, e com Yago. Em ambas as finalizações, a bola passou raspando a trave. Léo Ceará também ofereceu muito perigo, com chute de direita depois do lançamento de Ramon. O chute, entretanto, saiu fraquinho.
O Botafogo, abalado com o gol relâmpago, ensaiou uma graça com um chute de Bochecha e outro de Kieza, que reclamou bastante no jogo. O ex-camisa 9 do Leão, inclusive, sofreu com o famoso “carinho da torcida”, que provocou o atleta durante a primeira etapa.
O problema é que a provocação deixou o atacante com sangue no olho. Aos 23, K9 recebeu lançamento de Jean, se livrou da marcação de Cedric e tentou a finalização. A bola bateu no garoto da base rubro-negra e voltou. Na sobra, o atacante não desperdiçou e mandou no cantinho do goleiro Ronaldo, com direito a comemoração provocativa para a torcida do Leão. Foi um presentaço de aniversário para o jogador, que completa 32 anos hoje.
Depois, Ronaldo operou um milagre. Luiz Fernando ganhou de Ramon na velocidade, invadiu a área e, sozinho, finalizou em cima do goleiro. Mas não deu para evitar a virada.
Aos 42, Fabiano falhou, Erik roubou a bola e lançou para Rodrigo Lindoso, que fez jus ao nome. De cavadinha, ele protagonizou uma pintura no Barradão.
Na volta para o segundo tempo, o técnico Carpegiani apostou todas as suas fichas em um Vitória mais agressivo. Sacou Léo Ceará e Meli, e mandou a campo André Lima e Wallyson. Deu muito certo.
Aos cinco minutos, em uma invertida de papéis em campo, Wallyson deu uma de lateral e cruzou com muita categoria para a área. O lateral Fabiano deu uma de atacante e, de cabeça, deixou tudo igual novamente.
O problema é que, ao mesmo tempo que o ataque passou a funcionar, Léo Gomes deu um vacilo monstruoso. Moisés cruzou rasteiro e o volante rubro-negro, na tentativa de mandar pela linha de fundo, marcou contra. O gol foi aos oito minutos.
Dez minutos depois, mais um balde de água fria. Bochecha cruzou na área e Erik, de peito, marcou o quarto. Irritados, muitos rubro-negros deixaram o Barradão logo em seguida. Não teve jeito. O Leão ainda diminuiu aos 42, com Maurício Cordeiro, mas não adiantou. O amendoim ficou engasgado.
O Vitória, que não perdia em casa há três rodadas, volta a campo no domingo (30), quando enfrentará o Internacional, às 16h, no Beira-Rio.
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