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Educação

(Foto: Divulgação )(Foto: Divulgação )

Matemática não precisa ser um bicho de sete cabeças. E, para provar por A+B que a matéria pode ser legal, mais de 170 estudantes e 85 professores de 11 estados brasileiros estão expondo cerca de 75 trabalhos na V Feira Nacional de Matemática, promovida pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb), que ocorre até esta sexta-feira (30) no Centro de Formação da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), ao lado do Parque de Exposições, em Itapuã.

Entre os trabalhos mais divertidos estão os das crianças dos anos iniciais do ensino fundamental. A dupla Giovanna Rossetti e Bernardo Dalmolin, ambos de 10 anos, trouxeram a exposição “Muita lingerie e matemática, só Ilhota tem”. Estudantes do 3º ano fundamental da Escola de Educação Básica Marcos Konder, em Ilhota, Santa Catarina, eles fizeram um estudo sobre o principal produto da economia da cidade: a indústria de moda íntima.

São mais de 80 fábricas de lingerie em Ilhota e quase todos os pais dos alunos do colégio em que estudam são funcionários do setor. Giovanna e Bernardo apresentam dados socioeconômicos, histórico e geográficos da cidade através de números. As crianças fazem tudo à base dos cálculos: números de horas trabalhadas pelas costureiras, variações salariais, quantidade de peças produzidas por dia, mês, ano e por aí vai.

“Com esse trabalho, nós conseguimos aprender mais sobre a economia da nossa cidade”, diz Bernardo. A resposta para o quanto ele gosta de matemática, numa escala de zero à dez é “Mil. Eu adoro tudo que tenha contas”, afirma.

A Bahia possui 19 trabalhos em exposição de municípios como Valente, Santo Antônio de Jesus, Coronel João Sá, Sobradinho, Poções, Alagoinhas, entre outras. São estudantes do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Tocantins. Além das exposições que envolvem matemática pura, aplicada e lúdica, o evento tem ainda uma pequena feira de economia criativa, onde são vendidos artesanatos, comidas típicas, livros.

De acordo com Alaíde Ferreira, professora de matemática da Uneb e coordenadora do evento, “a ideia é fazer com que o estudante pense a matemática de um jeito diferente, contextualizando com o que ele vive no dia a dia e não apenas no quadro de giz”, explica. A feira nacional começou há seis anos em Santa Catarina e desde então a Bahia vem participando. Em 2014, o Estado sediou a terceira edição do evento, que aconteceu no Museu de Ciência e Tecnologia.

A feira também dá aos alunos participantes a chance não apenas da troca de conhecimento, mas também de intercâmbio cultural entre eles.“Eu saí vendo as exposições dos colegas. Já fiz amigos e é tanta coisa legal que eu me distraio. Através da matemática, estamos levando os cálculos para o nosso dia a dia”, conta Kétilem Pereira, 12, estudante do 7º ano fundamental na Escola Estadual Maria José de Lima Silvaira, em Sobradinho.

Os interessados vão poder conferir trabalhos que envolvem matemática com temas como o novo código florestal, educação inclusiva através de jogos matemáticos, esportes, nutrição e muito mais. “Muita gente acha a disciplina desnecessária, mas, sem ela a nutrição, a engenharia e tantas outras áreas não funcionariam. Precisamos calcular proteínas, lipídios, carboidratos para um consumo correto. Tudo isso é qualidade de vida”, diz Hítalo Lacerda, aluno do curso técnico de nutrição do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) de São Domingos, no interior baiano.

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