Conhecida pelo alto número de incidentes nos finais de semana e especialmente no verão, a Praia da Oca agora não conta com a presença de salva-vidas, após a demissão de mais de 20 profissionais (Foto: Moura Positivo/Portal Abrantes)
Como consequência do corte nos contratos com empresas terceirizadas que prestam serviços essenciais em Camaçari, incluindo o de salva-vidas, Praia da Oca, uma das mais belas e perigosas da região, ficou sem qualquer proteção de guarda-vidas, justamente em uma época de alta temporada e de risco elevado de afogamentos.
Conhecida pelo alto número de incidentes nos finais de semana e especialmente no verão, a Praia da Oca agora não conta com a presença de salva-vidas, após a demissão de mais de 20 profissionais que atuavam pela empresa outrora contratada pela Prefeitura de Camaçari. A decisão compromete a segurança dos banhistas e coloca em risco a vida de milhares de pessoas que frequentam a praia, principalmente em períodos de maior fluxo turístico.
O descaso do poder público é evidenciado por um flagrante registrado pelo Portal Abrantes, que mostrou o guarda-vidas Bruno Odara, que deveria estar em outra praia, indo voluntariamente até a Praia da Oca para alertar sobre o perigo. Sem qualquer apoio oficial, Bruno colocou uma bandeira de aviso e conversou com os banhistas, orientando-os sobre a situação. "Pelo coração que temos, por saber que a vida do ser humano vale mais do que qualquer outra coisa, a gente se preocupa. Sabemos que é o posto onde mais acontecem afogamentos, e por conta da demissão dos salva-vidas, esse posto foi fechado, assim como vários outros na orla de Camaçari," explicou ele.
A situação desesperadora levou Bruno a fazer um apelo por uma postura mais humana do governo municipal. “Com a falta de salva-vidas, quem vai pagar com a vida é a população, um amigo, um parente. Daqui que eu venha da Sororoca pra cá, já aconteceu o pior e também vou estar deixando o meu posto descoberto. Estou muito triste com essa situação. Foram muitos pais de família demitidos, sem contar as vidas que serão ceifadas onde não tem guarda-vidas," desabafou o profissional.
A demissão dos salva-vidas, somada à falta de sinalização e orientação oficial nas praias, é um reflexo das recentes ações do prefeito Elinaldo, que tem adotado uma série de cortes em serviços básicos desde a derrota de seu candidato nas urnas. A retirada de segurança nas praias é apenas mais um exemplo das medidas que estão sendo tomadas sem consideração pelas necessidades e pela segurança da população.
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