A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 22, a 23ª fase da Lava Jato, intitulada de Operação Acarajé. Os policiais cumprem mandados nas cidades de Salvador e Camaçari, na Bahia. Há ação também em Campinas e Poá, em São Paulo, e em Angra e na capital fluminense, no Rio de Janeiro.
Um dos alvos é o publicitário João Santana, marqueteiro que trabalhou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. As primeiras informações são de que a PF apura uma suposta conta mantida por Santana no exterior.
Há mandado de prisão expedido contra Santana, mas o publicitário está no exterior. Por conta disso, ele não foi preso. Além de Santana, a empreiteira Odebrecht e o engenheiro Zwi Skornicki, que foi preso, são investigados, segundo informações do Estadão Conteúdo.
A operação também mira em um grupo de doleiros, entre eles Alberto Youssef. Ele delatou o esquema de corrupção na petroleira.
Nesta etapa, os federais buscam informações sobre a abertura de offshores (empresas no exterior) e compra de apartamentos no Condomínio Solaris, no Guarujá, em São Paulo. Os imóveis foram construídos pela OAS, que é investigada no esquema de propina envolvendo a Petrobras.
Ao toto, a operação cumpre 51 mandados: 38 de busca e apreensão,dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. Cerca de 300 participam da ação.
O nome da operação é uma referência ao apelido usado pelos alvos para designar dinheiro.
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