Crise? Para a energia eólica tem sido tempo bom o ano inteiro. Para os empresários que apostaram na fabricação de equipamentos para a produção de energia eólica no Brasil sopram bons ventos. Além de não sucumbir com a crise, o momento tem sido de expansão das unidades para atender à demanda crescente. É o caso da Tecsis, uma das maiores fabricantes de pás do Brasil, com sede em Sorocaba, no interior de São Paulo. A empresa começa a operar este mês uma nova fábrica em Camaçari (BA), segundo apurou o jornal Estadão.
Criada em 1995, a aposta deu certo e a Tecsis se consolidou como fornecedora de pás para o setor de energia eólica. Com o crescimento do setor, a companhia seguiu a rota da expansão com a construção uma nova unidade no Nordeste para diminuir os custos logísticos.
Segundo o presidente da empresa, Marcelo Soares, boa parte das pás produzidas pela Tecsis, em Sorocaba, é transportada de caminhão até os parques eólicos. "O custo logístico de uma pá pode chegar a R$ 50 mil até o Nordeste. Como nossos clientes estão na região, decidimos fazer uma fábrica para ficar mais próximo deles", afirma o presidente ao Estadão.
A nova unidade, até 2017 terá capacidade para produzir 2 mil pás por ano. Mas, antes de alcançar seu auge produtivo, a Tecsis Camaçari já tem equipamentos encomendados para os próximos 24 meses. Por enquanto, a fábrica que teve investimento de R$ 200 milhões, tem 250 funcionários. A estimativa é de que em um ano chegará a 1.500 trabalhadores, todos da região.
Segundo a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, a cadeia do setor eólico cresceu 35% no ano passado comparado a 2014. Ela conta que, além da Tecsis, a dinamarquesa Vestas acabou de inaugurar uma fábrica de aerogeradores em Aquiraz, no Ceará.
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