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Menos de 24h após a reabertura do comércio local, a prefeitura de Camaçari passou a ofertar internet gratuita em praças da cidade (Foto: Reprodução) |
Há um ditado que sentencia: depois da queda, o coice. É um termo bastante popular, mas, caso você não conheça, ele se refere a uma situação ruim sucedida de outra ainda pior. Pois bem: menos de 24h após a reabertura do comércio local, a prefeitura de Camaçari passou a ofertar internet gratuita em praças da cidade.
De acordo com nota divulgada pela Agência de Notícias da Prefeitura, está funcionando desde a noite de segunda-feira (05), a oferta de conexão de dados via wi-fi em sete praças da cidade: Desembargador Montenegro; Abrantes; da Rua Abaré, na Gleba C; a localizada entre os bairros do Ponto Certo e Inocoop; dos 46; Hildete Reis, na Gleba B; dos Coqueiros, em Arembepe.
O serviço é gratuito, contratado por licitação com a Telemar - cujo valor e prazo de validade do contrato não foi divulgado - e será estendido para outros seis espaços de lazer, nos bairros do Phoc I, Gleba A, Gravatá, Vila de Abrantes, Monte Gordo e Guarajuba.
Ainda segundo a prefeitura, para ter acesso, é necessário fazer um cadastro informando nome completo, e-mail, data de nascimento e gênero.
O coice
Divulgado pela prefeitura como "mais uma ação para elevar a acessibilidade digital em Camaçari" e medida que "beneficia as pessoas mais carentes", a oferta tende a ser, pela mão da prefeitura, um verdadeiro tiro no pé da Secretaria de Saúde, que, como já apontou o Camaçari Fatos e Fotos (CFF) parece estar trabalhando sozinha no combate à pandemia de covid-19 na cidade.
O acesso gratuito à internet somado à reabertura do comércio é um convite altamente tentador para que a população se concentre nas praças, o que é exatamente o oposto cenário ideal para haver sucesso no combate à doença em Camaçari.
Auxílio emergencial
Enquanto a prefeitura decide, no pior momento da pandemia na cidade, beneficiar a população carente, ofertando acesso gratuito à internet em praças, o debate sobre o auxílio emergencial municipal permanece enterrado nos arquivos da Câmara Municipal, em forma de uma Indicação aprovada pelos vereadores, para a qual a prefeitura sequer deu atenção.
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