“Ponte” construída pela prefeitura dá vexame e impõe vexame ao prefeito de Camaçari

Prefeito Elinaldo Araújo (DEM), reeleito no último domingo (15), atravessando o Rio Camaçari pela ponte feita pelo ex-prefeito Luiz Caetano (PT), tendo ao lado os destroços da ponte feita por sua gestão sobre o mesmo rio (Foto: Montagem | Redação CFF)

Já dizia o professor Octávio Mangabeira: "Pense num absurdo. Na Bahia tem precedentes". Pois bem, pense nesse absurdo: uma ponte, construída pela prefeitura de uma cidade, em uma área urbana, sobre um dos principais rios que corta o município, ser uma estrutura tão frágil que não suporta a vazão do rio em questão depois de apenas duas horas de chuva.

Foi exatamente o que aconteceu em Camaçari, na madrugada desta sexta-feira (20). Um “equipamento” construído para travessia de pessoas da comunidade, pela prefeitura da cidade, foi arrastado pela correnteza. Mas nem tanto isso, quanto a imagem desconcertante para a gestão que arrecada R$ 110 milhões por mês, pelo material usado na ‘construção’ do ‘equipamento’,

Em vídeo postado no Facebook, moradores, na mão contrária à pessoa que na época da construção até agradeceu pela “ponte”, apelidaram a estrutura de "ponte de uma noite só", em referência à fragilidade da armação de pedaços de tábuas e barrotes que estava na cara que jamais suportaria a vazão duma chuva forte qualquer.

Curioso, no incidente que - por sorte - não deixou vítimas, é o fato de a gestão de Elinaldo Araújo (DEM), auto intitulado "prefeito do povo", ter construído uma ponte tão frágil, conhecendo o histórico anual de cheias do Rio Camaçari.

Notadamente, não foi por falta de exemplos, já que a gestão do então prefeito Luiz Caetano (PT), deixou vários equipamentos similares, com estrutura em concreto que, mais de 8 anos depois de entregues, continuam servindo à população, inclusive ao próprio Elinaldo, que por ironia foi fotografado pela própria assessoria de Comunicação atravessando o rio, pisando na ponte construída pelo seu algoz político, sem que se saiba o que lhe passava na cabeça se àquela hora ele já havia visto a vexatória situação da sua obra não tão longe dali.

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