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Paciente é o segundo caso grave de Covid-19 do Brasil. O primeiro é o de uma mulher no Distrito Federal (Foto: Reprodução) |
Rio chegou a 25 casos de Covid-19 e 95 suspeitos. Secretário afirma que, até sexta (13), todos os leitos intensivos ou semi-intensivos estavam ocupados.
O RJ registrou neste domingo (15) o primeiro paciente com coronavírus em estado gravíssimo. Trata-se de um médico de 65 anos internado em um hospital da rede privada.
"O sistema respiratório [está] comprometido. [O paciente] já está entubado, gravíssimo", afirmou o governador Wilson Witzel na noite deste domingo.
Não há detalhes de como o paciente contraiu o vírus nem onde ele está internado. Ele é o segundo caso grave de Covid-19 do Brasil. O primeiro é o de uma mulher no Distrito Federal.
Até a manhã desta segunda, a Secretaria Estadual de Saúde do RJ registrava 25 casos confirmados e 95 suspeitos -- 147 foram descartados. Em todo o país, eram 200.
Witzel e as praias cheias
Na sexta-feira (13), Witzel afirmou que a PM poderia interditar as praias para evitar aglomerações. Ao fim de um domingo de sol e orla cheia, o governador baixou o tom.
“Eu, em hipótese alguma, quero pegar uma pessoa arrastar pelo braço e levar para casa. Não acho que seja necessário isso, e não será necessário”, afirmou.
“O momento não é de proibir. Eu quero conscientizar o nosso povo fluminense de que ele pode ser o portador de uma doença que vai matar o seu avô, que vai matar o seu pai. Vai haver um momento de voltar para praia, mas esse momento agora de aglomeração de pessoas vai ser fatal para aquelas pessoas que a gente mais ama”, frisou.
Sem leitos de UTI disponíveis
Uma das preocupações do governo no momento é a falta de leitos. "A gente não tem nada hoje. O sistema de saúde hoje está sobrecarregado", afirmou Witzel.
O governador afirmou que em 30 dias terá 300 leitos à disposição e, em 60 dias, mais 300. Parte das vagas virão de hospitais hoje desativados.
“Em breve nós vamos divulgar quais serão esses hospitais. Serão reativados, e nós teremos condições de receber esses pacientes mais graves com respiração ali”, disse.
Secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos acrescentou que há "conversas com o setor privado para conseguir abrir mais leitos ainda".
Segundo a secretaria municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro, a capital fluminense também não dispõe de vagas ociosas. Ao todo, o município tem 1.691 leitos intensivos ou semi-intensivos e a taxa de ocupação até sexta-feira (13) era de 100%. A rede do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital fluminense abrange as esferas municipal, estadual, federal e universitária.
Com a expansão da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a SMS informou que há possibilidade técnica de abrir 150 novos leitos de internação voltados para atendimento de pessoas diagnosticadas com Covid-19.
A secretaria esclareceu ainda que “normalmente” a Saúde do Rio de Janeiro atua com a capacidade máxima das UTIs para não deixar leitos ociosos.
Apelo
Em entrevista nesta segunda ao Bom Dia Rio, Edmar Santos reforçou o apelo para que se fique em casa.
"As pessoas só devem sair de casa agora se tiver que trabalhar, se não conseguir trabalhar de casa em home office, se for comprar comida ou remédio ou se tiver que ir ao médico. Se não tiver nenhuma dessas situações, tem que ficar em casa", alertou o secretário Edmar Santos.
Transmissão comunitária
O órgão também identificou os primeiros casos de transmissão comunitária — quando não se sabe a origem de um caso transmitido — na capital fluminense.
Inicialmente, o Rio tinha apenas casos importados, de pessoas que viajam ou têm contato com quem veio de fora. Até esta quinta (12), havia apenas um caso de paciente infectado que não havia saído do estado.
Segundo o Ministério da Saúde, RJ e SP são os únicos estados que já tem a chamada transmissão comunitária.
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