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Levantamento foi realizado por equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital, vinculado à USP - DivulgaçãoLevantamento foi realizado por equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital, vinculado à USP - Divulgação

A maior parte dos integrantes do grupo de apoiadores de Jair Bolsonaro que foi ao ato em apoio ao ex-presidente e hoje inelegível no último domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), ignora a realidade: 88% deles afirmam que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi o vencedor da disputa eleitoral de 2022.

Os dados são do Monitor do Debate Político no Meio Digital, vinculado à Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP), que ouviu 575 pessoas que participaram da manifestação. A equipe da pesquisa esteve na Avenida Paulista entre 13h30 e 17h do último domingo.

"Acredita que foi Bolsonaro, e não Lula quem de fato ganhou a eleição para presidente em 2022?", foi uma das perguntas feitas aos entrevistados. Enquanto 88% responderam "sim", outros 8% disseram "não", e 4% afirmaram não saber.

Em outra questão apresentada aos participantes da mobilização, 94% disseram "sim" ao responder à pergunta "Os excessos e perseguições da Justiça caracterizam a situação atual como uma ditadura?", enquanto 4% responderam "não" e outros 2% disseram não saber.

A equipe de pesquisadores quis saber ainda o que Bolsonaro deveria ter feito após a derrota para Lula em outubro de 2022, e apresentou três opções. Quando perguntados se eram a favor de operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), 49% se disseram favoráveis, outros 39% se colocaram contra.

Por outro lado, não houve maioria entre os bolsonaristas em relação às propostas de solicitar moderação de militares, com base no artigo 142 da Constituição (45% contrários, 42% a favor) e contra a declaração de Estado de Sítio (61% contrários, 23% a favor).

Presente à manifestação realizada na capital do estado em que governa, Tarcísio de Freitas foi apontado por 61% dos entrevistados como nome ideal para se lançar candidato à Presidência em caso de impedimento de Bolsonaro. Em seguida vieram a ex-primeira-dama, Michelle (19%), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (7%) e Eduardo Bolsonaro, Damares Alves, Flávio Bolsonaro e Braga Netto, cada um com 1%.

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