Medida faz parte das ações de combate e prevenção a ataques às escolas baianas
O Governo do Estado vai implementar um Comitê Intersetorial de Segurança nas Escolas e criar um Centro de Controle e Comando para tratar, combater e prevenir ataques e ameaças às escolas baianas. O anúncio das medidas foi feito nesta sexta-feira (14). Na ocasião, o governador em exercício Geraldo Júnior reuniu secretários de Estado e dirigentes de órgãos estaduais em seu em seu gabinete no Centro de Operações e Inteligência (COI), no Centro Administrativo, em Salvador. Foi decidido ainda que o Estado vai distribuir uma cartilha com orientações aos trabalhadores da Educação e da Segurança.
“[Foi] uma reunião de alinhamento das ações efetivas de enfrentamento, e da Inteligência, praticadas pelas forças policiais de forma transversal. Nós estamos com um sistema diário de monitoramento. Daqui a alguns dias, nós entregaremos também um Centro de Controle e de Comando. Não vamos permitir atos delinquentes, nem a prática de delitos nas escolas. Não vamos deixar prosperar um sentimento de pânico, de angústia”, assegurou Geraldo Júnior.
O governador em exercício informou que, nesta sexta-feira, o Ministério Público Estadual (MPE) frustrou os planos de um adolescente de 15 anos que planejava um ataque a uma escola no município de Feira de Santana. “Nós estamos em fase de elaboração de um Comitê Intersetorial de Segurança nas Escolas que terá a participação da sociedade civil, de entes e entidades para que a gente possa construir um modelo de segurança nas escolas com a participação efetiva de todos”, complementou.
Participaram do encontro os secretários da Segurança Pública, Marcelo Werner; da Educação, Adélia Pinheiro; da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas; da Comunicação, André Curvello; da Casa Civil, Afonso Florence; das Relações Institucionais, Luiz Caetano; e o chefe de gabinete do governador, Adolpho Loyola. Ainda estiveram presentes o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Paulo Coutinho; e a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito. Os titulares apresentaram as estratégias de trabalho de cada pasta diante dos episódios ocorridos na capital e no interior do estado, na última semana.
Na quinta-feira (13), o secretariado já havia se reunido para avaliar e monitorar os episódios e ameaças ocorridos nas escolas públicas e privadas da Bahia. As pastas já vêm atuando de forma integrada desde as primeiras ocorrências. Segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública, uma cartilha está sendo elaborada com orientações e protocolos unificados. O material, que será distribuído aos professores do estado e ao corpo de segurança, tem o intuito de restabelecer um ambiente de tranquilidade.
“Desde o início de abril, nós já estávamos trabalhando de forma intersetorial através da SSP, Secretaria da Educação (SEC), e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), com Ministério Público, Tribunal de Justiça, Polícia Federal, para que nós possamos criar, e já criamos, um protocolo de atendimento dessas ocorrências. Ao longo dessas últimas semanas nós já viemos atuando nessa rede mediante compartilhamento de informações, ações concretas com o fortalecimento da ação preventiva através da Polícia Militar, não só na capital, mas em todas as cidades do interior do estado”, declarou Marcelo Werner.
Já a titular da SEC, Adélia Pinheiro, afirmou que a pasta trabalha em conjunto com outras áreas para que o protocolo de ação seja de conhecimento geral de todos os trabalhadores da educação. “A Secretaria da Educação desde sempre trabalha de forma integrada com a SSP para ampliar a segurança nas escolas. Nós temos protocolo de atuação, quando houve o aumento das ameaças dirigidas às escolas, imediatamente, checamos os protocolos e temos trabalhado exatamente dessa forma. Ao mesmo tempo, aperfeiçoamos e aumentamos a densidade da comunicação com os diretores escolares e com as direções dos Núcleos Territoriais de Educação. Devemos ter, ainda hoje, uma reunião com as representações de escolas privadas e das escolas municipais para auxiliar no estabelecimento de protocolos unificados”, detalhou.
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