Outros 45% são contra punição ao ex-presidente
Tramitam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ações que podem tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. A principal delas por conta da sua campanha contra as urnas eletrônicas, o que conforme a lei pode resultar em uma inelegibilidade de oito anos em caso de condenação. A possível inelegibilidade é defendida pela maioria dos eleitores brasileiros, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha.
Para 51% dos entrevistados pelo Datafolha nos dias 29 e 30 de março, a perda dos direitos políticos é a punição mais correta para o ex-presidente, que trabalhou para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro mesmo antes de tomar posse, em 2019. Já 45% acreditam que Bolsonaro deve ser liberado pela Justiça Eleitoral para disputar pleitos.
Não souberam avaliar a questão estimulada pelo Datafolha 4% dos 2.028 ouvidos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A defesa da punição é maior entre mulheres e os mais pobres, enquanto homens pró e contra a condenação empatam e os mais ricos, defendem liberar Bolsonaro.
De acordo com a Folha de S.Paulo, nos meios políticos e jurídicos, há a avaliação de que o ex-presidente corre grande risco de ser condenado ao menos em 1 das 16 ações que correm contra si no Tribunal Superior Eleitoral.
Ao voltar para o Brasil após quase 90 dias nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que não há motivos para sua inelegibilidade. "A questão do Tribunal Superior Eleitoral os advogados do partido estão tratando. Não vejo materialidade em nada. A ação mais forte contra mim é uma reunião que fiz com embaixadores em meados do ano passado. Não vejo motivo para me julgar inelegível por causa disso", afirmou o ex-mandatário.
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