Cerca de 53% dos entrevistados preferem que vença as eleições um candidato mais ligado a Lula
A pesquisa da Quaest/Banco Genial divulgada na sexta passada aponta para um cenário no qual a avaliação do governador Rui Costa (PT) segue bem com 43% dos entrevistados avaliando a sua gestão como positiva, no entanto, em quase todos os estratos de sexo, idade, escolaridade e renda a imagem do governo oscilou pra baixo, o que pode ser uma tendência em curso na política baiana.
Se a queda na avaliação positiva do governo é um problema, a pesquisa mostrou uma tendência favorável a Jerônimo Rodrigues (PT), em especial, porque quase dobrou a intenção de votos, chegando a 11% frente 61% do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil), que alcançou 16% na espontânea (Jerônimo ficou com 6%), uma proporção considerada baixa para quem lidera com folga no cenário estimulado. Nesse momento, 67% dos baianos ainda não apontam em quem votarão em outubro para governador.
O peso do cenário nacional foi medido pelo instituto, apontando que 53% dos entrevistados preferem que vença as eleições um candidato mais ligado a Lula e 16% preferem que vença um candidato mais ligado a Bolsonaro, ou seja, 69% do eleitorado votará diante do alinhamento nacional na escolha do candidato a governador.
O instituto também cruzou a intenção de voto para o governo baiano com o voto para presidente: entre os eleitores de Lula, 60% destes pretendem votar em ACM Neto e16% em Jerônimo, que fará o possível para converter esta intenção de voto para Jerônimo, o que dá esperança aos petistas diante do cenário espontâneo testado mostrar que o voto em Neto não está muito consolidado, já que a pesquisa verificou que 44% dos eleitores de Neto ainda podem mudar o voto. Outro fator que deixa a eleição em aberto é que 76% dos entrevistados não sabiam que Jerônimo é o candidato de Lula. Neste estrato, 65% dos que não sabiam do apoio de Lula ao petista baiano pretendem votar no ex-prefeito. Quando há a simulação do voto a governador com apoio dos presidenciáveis, ACM Neto fica com 43% e Jerônimo com 38%, gerando um empate técnico.
Foi este o cenário encontrado pela pesquisa divulgada no domingo, 17, pelo A TARDE/AtlasIntel. Com uma metodologia difícil e inovadora de entrevistas pela internet, o que torna a base amostral mais complexa na busca pela estratificação e garantia do seu caráter probabilístico, os resultados destoam das pesquisas dos demais institutos, mas apontam um caminho: uma tendência em aberto para o crescimento do “efeito Lula” na Bahia, isto é, a propensão do eleitorado em seguir com a chapa “Lula-Jerônimo”, o que se soma à tendência de manutenção de Rui Costa como um cabo eleitoral fortíssimo na definição do seu sucessor. Com um cenário totalmente aberto, a eleição ao governo baiano será uma das mais emocionantes do Brasil.
*Professor Adjunto de Ciência Política da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e um dos organ
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