O ultradireitista Javier Milei, candidato à presidência da Argentina que disputará o segundo turno com o peronista Sérgio Massa, deu declarações polêmicas em entrevista ao canal A24 na noite desta quinta-feira (26).
Em pouco mais de uma hora, Milei atacou os trabalhadores da emissora, foi machista com sua aliada no segundo turno - a candidata derrotada Patrícia Bullrich - e afirmou ter tido o raciocínio prejudicado por barulhos no estúdio.
Quando perguntado sobre sua aliança com Bullrich, Milei recorreu a um comentário machista. "Enquanto eles [eleitores de Massa] olham para a senhora na internet, estou com ela em meio aos lençóis", afirmou.
O candidato de extrema direita celebrou o alance da publicação em suas redes sociais do anúncio da aliança com Bullrich. "Vocês viram as métricas desse tuíte? Tem mais de 250 mil curtidas. Tem quase 16 milhões de impressões. Somente em minha conta no Instagram tem um milhão de curtidas."
Quando tentava responder sobre sua proposta para o Banco Central argentino, Milei parou de falar abruptamente e reclamou de "murmúrios" no estúdio. "É muito difícil conversar com tanta gente falando. São assuntos muito delicados e vejo que eles não param de falar. Se eu cometer um erro, eles me destruirão publicamente."
Nas redes sociais, usuários chamam a atenção para o silêncio no estúdio durante a fala de Milei e é possível notar que o ambiente está praticamente vazio. No momento em que a entrevista é encerrada, o candidato precisou de orientação do entrevistador, o jornalista Esteban Trebucq, para que conseguisse deixar o estúdio.
No som ambiente, é possível escutar Milei reclamando com os trabalhadores da emissora, por estarem, de acordo com o candidato, falando durante sua entrevista. Em outro trecho, quando perguntado se estaria incomodado com o fato de ser comparado a Hitler, por seus adversários políticos, o candidato de extrema direita disse que "é doloroso" e após uma pausa, foi questionado se estaria chorando.
NOTA DO CFF
Alguma sugestão sobre algo mais do porquê, que esse candidato tem sido chamado de "o Bolsonaro argentino"...?
Assista a íntegra da entrevista
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