Zagueiro, normalmente, quando chama a atenção é porque fez besteira. Robson, coitado, poderia ser um vilão injusto na partida do Bahia de ontem contra o Colo Colo. O Esquadrão levava o jogo em banho-maria após abrir 2x0 e ver o rival ficar com um a menos em campo.
O zagueiro da base, que voltou a ser titular com a contusão do companheiro Éder, havia marcado o segundo gol tricolor, que deu tranquilidade à equipe da capital. No entanto, aos 41 minutos, o árbitro Jailson Macedo Freitas deu um pênalti equivocado cometido por ele.
O lance é claro: Robson desarma o meia Thiago Almeida na bola e este desaba no chão. Jailson, mal colocado, marca a falta. O pesadelo de Robson ficou pior quando, quatro minutos depois, empolgado pelo primeiro gol, o Colo Colo chegava ao empate.
O sistema defensivo, pulga atrás da orelha do torcedor, novamente receberia a culpa de um resultado ruim. Ainda que o ataque tivesse desperdiçado diversas chances e o árbitro tivesse 50% de culpa nos gols sofridos.
Sem alternativa, Robson se jogou ao ataque nos acréscimos. E foi coroado com o gol da virada, após cruzamento certeiro de Rômulo. Alegria além da conta e o zagueiro saiu gritado loucamente no estádio Mário Pessoa. Tirou a camisa, urrou.
Com o coração ainda batendo forte um minuto depois do gol, foi às lágrimas ao conversar com a imprensa. “Primeiro, agradeço a Deus pelo resultado, pelos dois gols. Eu chorei mais de emoção, para botar para fora, pois foi logo depois de um pênalti daquele que não foi. Vocês vão ver na TV”, disse o jovem zagueiro de 22, nascido em Itaguaçu, no Espírito Santo.
Quem já viu, Robson, pode ter certeza que te deu a razão. “Foi mais um desabafo e a alegria de dar os três pontos ao Bahia, clube que me formou e que quero ficar por muito tempo”, explicou.
No ano passado, em seu primeiro ano no profissional, Robson viveu entre altos e baixos. Começou como 5ª opção, virou titular e depois voltou à reserva. Este ano, uma nova história pode ter começado a ser escrita.
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