O maior aumento da taxa de informalidade aconteceu na região Nordeste
Entre o início da pandemia, no primeiro trimestre de 2020, em comparação com os primeiros três meses de 2022, o Brasil ganhou 1,42 milhão de trabalhadores informais, ou seja, pessoas que deixaram trabalhos formais para realizar outras funções.
De janeiro a março, o total de informais chegou a 38,203 milhões, o maior número de pessoas nessa situação em um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2015.
Os cálculos foram feitos a partir dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, pelos pesquisadores do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Janaína Feijó e Paulo Peruchetti.
A situação é melhor do que em outros momentos durante a pandemia, mas ainda gera preocupação por conta da qualidade dos postos de trabalho, já que nessa conta entram os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ e quem trabalha por conta própria e também não tem registro de pessoa jurídica.
A taxa de informalidade aumentou ainda mais na região Nordeste (cerca de 1,2%). Na região, os informais representaram 53,62% do mercado de trabalho no primeiro trimestre de 2022. Só perde para o Norte, onde 56,61% dos trabalhadores são informais.
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