Profissionais da educação paralisaram as atividades no dia 14 de julho e só retornaram às escolas na terça-feira (26)
Professores da rede municipal da cidade de Camaçari, localizada na Região Metropolitana de Salvador, retornaram às salas de aula na terça-feira (26). A categoria estava em greve há quase duas semanas (12 dias, já que as atividades foram paralisadas no dia 14 de julho.
De acordo com informações da Prefeitura e do Sindicato dos Professores de Camaçari, os trabalhadores reivindicavam reajuste salarial, melhora na estrutura das unidades e alteração no Auxílio Alimentação. Entretanto, o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) julgou, na segunda-feira (25), que o movimento era ilegal e determinou o retorno imediato dos professores às escolas.
Na decisão, o TJ estabeleceu que a greve tinha risco de prejuízo para a sociedade, especialmente para os alunos da rede pública municipal de ensino. Diante disso, em nota, a Secretaria da Educação de Camaçari informou que acompanhou o retorno das atividades dos docentes e que as atividades foram restabelecidas em 100%.
Nota da Prefeitura de Camaçari
"A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo sindicato na manhã de segunda-feira (25) e, no ofício, justifica o retorno às atividades letivas ocorre em cumprimento à liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que julgou ilegal a greve dos professores e determinou o retorno imediato dos docentes às salas de aula."
Até o momento, o Sindicato dos Professores de Camaçari (Sispec), não detalhou o resultado das negociações. Entretendo, o desconto dos dias não trabalhados foram restituídos para compensação. A rede de ensino de Camaçari é composta por 102 escolas e 38 mil estudantes.
Reivindicações
De acordo com o Sindicato dos Professores de Camaçari (Sispec), os professores estavam em campanha salarial desde fevereiro e até então não houve nenhum reajuste. Os trabalhadores pedem reajuste de 33,24% para todas as categorias, conforme reajuste nacional.
O Sispec afirma que o piso nacional da categoria é de R$ 3.845 para quem tem carga horária de 40 horas semanais. No entanto, segundo a entidade, a contraproposta oferecida pela gestão municipal atende somente a quem recebe vencimentos menores que esse valor.
Ainda segundo o sindicato, 800 professores estão abaixo do piso salarial, sendo que 700 são graduados e pós-graduados. Cerca de 2 mil professores fazem parte da rede pública de ensino de Camaçari. Com a greve, mais de 36 mil alunos ficarão fora da sala de aula nas cerca de 100 escolas do município.
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